Afeganistão: carta aberta ao presidente Obama

Embora mais de uma década nos separe, somos vizinhos, em Hyde Park, e ambos fomos professores na Universidade de Chicago. Lá, criei o Centro de Estudos do Oriente Médio e fui presidente do Instituto Adlai Stevenson de Assuntos Internacionais. Antes de ir para Chicago, durante o governo Kennedy, fui membro do Conselho de Planejamento de Políticas, responsável pelo Oriente Médio e Ásia Central. Como democrata, sempre apoiei sua candidatura. Nessa condição, espero que o senhor aceite a análise e as propostas que aqui lhe encaminho como trabalho de amigo e de alguém que acumula experiência não descartável sobre Afeganistão e Paquistão.
Vejo, nos últimos eventos, uma oportunidade para alcançar os objetivos dos EUA, evitando, ao mesmo tempo, uma via de ação que pode fazer descarrilar sua presidência, exatamente como a Guerra do Vietnã arruinou a presidência de Lyndon Johnson.

Conforme a imprensa tem noticiado, o senhor tem sido informado de que os EUA podem derrotar os Taliban se empregarmos descomunal poder militar. Exatamente como os generais do presidente Johnson, também os seus generais só fazem pedir mais soldados. Também lhe têm dito que o senhor pode aumentar o poder dos EUA se empregar táticas de contrainsurgência. Em meu livro Violent Politics ofereço estudo detalhado de uma dúzia de insurgências, da Revolução Norte-americana ao Afeganistão, enfrentadas por britânicos, franceses, alemães e russos, na América, África e Ásia. Meus estudos sugerem fortemente que o senhor não está sendo bem assessorado, nem bem informado, nem bem aconselhado.

Enquanto trabalhei no governo, sempre nos disseram que poderíamos vencer no Vietnã mediante a mesma combinação de táticas de guerra e de contrainsurgência recomendadas hoje ao senhor, por seus conselheiros especialistas em Afeganistão. Mas, como os editores dos "Pentagon Papers" concluíram, a "a tentativa de traduzir a recém-composta teoria da contrainsurgência em termos de realidade operacional (...) [mediante] uma mistura de medidas militares, sociais, psicológicas, econômicas e políticas levou a produto homogêneo e consistente, tanto nas técnicas quanto no resultado final: tudo fracassou, completa e absolutamente."

O que realmente fez parar a luta dos insurgentes, inclusive no Vietnã, foi, sempre, a retirada das tropas estrangeiras. Alguns desses estrangeiros saíram derrotados; mas outros saíram sob condições tais que atingiram seus mais importantes objetivos. Creio que o senhor ainda pode alcançar importantes objetivos dos EUA no Afeganistão.

Os EUA jamais entendemos o Vietnã e fomos derrotados; aqui, então, exponho os traços essenciais do Afeganistão, Paquistão e Cachemira e demonstro como esses países construíram o contexto para uma política bem-sucedida. Começo pelo Paquistão.

O Paquistão há muito tempo vive obcecado com a Cachemira, assustado com a Índia e favoravelmente inclinado para a minoria étnica Pashtun. Para ajudar os "combatentes da liberdade" Pashtun na guerra 1979-89 contra a URSS, os EUA despejaram bilhões de dólares no Paquistão. Nossa motivação foi a oposição à URSS, mas a motivação dos paquistaneses foi outra: lutavam para proteger o Islã – motivação que não afetava apenas o Afeganistão, mas também a Cachemira. Dado que a capital do Paquistão, Islamabad, é muito próxima da capital da Cachemira controlada pela Índia, Srinagar, e do desfiladeiro do [rio] Khyber, que leva ao Afeganistão (são tão próximas quanto NY e Hartford), ambos os 'casos', Afeganistão e Cachemira, são vistos pelos paquistaneses como praticamente casos domésticos.

A Cachemira é um desses legados da era do imperialismo que ainda atormenta as relações internacionais. O problema que vemos hoje foi criado em 1846, quando os britânicos venderam a Cachemira e sua população muçulmana a um indiano, que se tornou seu marajá. Cruéis e rapaces, ele e seus descendentes sempre foram amargamente odiados pela população da Cachemira. Quando os britânicas estavam deixando o Sul da Ásia, em 1947, assumiram que, porque a população era majoritariamente muçulmana, a Cachemira seria incluída no que veio a ser o Paquistão. Mas o marajá preferiu a Índia. Apesar de Jawaharlal Nehru, então primeiro-ministro nomeado da Índia, ter prometido a Lord Louis Mountbatten, então vice-rei da Índia, que haveria um plebiscito para que a população se manifestasse sobre a questão, o plebiscito jamais aconteceu. Desde então, a Índia mantém a Cachemira sob ocupação, com meio milhão de soldados, como país inimigo conquistado. Sob o domínio dos indianos, milhares de cachemires foram presos, centenas 'desaparecidos' e praticamente todos sofreram terrivelmente sob vários graus de tirania. Em resumo: a Cachemira é a Palestina do Centro-Sul da Ásia.

Paquistão e Índia combateram três guerras e incontáveis combates sangrentos por causa da Cachemira. Ali se drenou uma quantidade imensa de recursos, tantos da Índia quanto do Paquistão. Em parte por causa dos efeitos desestabilizadores desse conflito, o Paquistão jamais conseguiu construir e manter um governo estável, coerente. A única organização sólida e estável que há no Paquistão é o exército. Os governos civis sempre foram muito profundamente corruptos, ineptos e frágeis.

Há muitas razões para explicar os problemas paquistaneses, mas uma destaca-se: o Paquistão é um amálgama de nações étnico-culturais. Os britânicos governaram diretamente Punjab e Sind, e apenas tentaram enfraquecer e dividir os Pashtuns. Esse era o objetivo da Linha Durand, que os ingleses traçaram em 1893 ao longo da fronteira montanhosa. Resultado dessa linha é que hoje cerca de 25 milhões de Pashtuns vivem no Paquistão e cerca de 14 milhões, no Afeganistão. Os Pashtuns queriam constituir um Estado-nação independente em 1947, mas foram impedidos. Até sua recente campanha contra os Taliban no Swat, os paquistaneses pouco fizeram para integrar os Pashtuns; mas, por causa deles, o Paquistão sempre foi profundamente afetado pelo que aconteça no Afeganistão.

O Afeganistão sempre expulsou os invasores. Depois de três tentativas para dominá-lo, de 1842 a 1919, os britânicos desistiram; ao final de uma década de uma guerra caríssima, os russos também desistiram. Nem britânicos nem russos jamais entenderam a complexa tessitura social e política do país. Se os EUA tampouco entendemos o Paquistão, não podemos esperar alcançar nossos objetivos. Prossigo, então, para esclarecer algumas dessas dificuldades.

Quando estive no Afeganistão pela primeira vez, em 1962, para preparar um documento "US National Policy", ocorreu-me uma analogia que uso até hoje: a terra e a sociedade são como uma montanha enorme coberta de ravinas, nas quais se distribuem 20 mil bolinhas de ping-pong. As bolinhas são as cidades-Estado independentes. Política e economicamente divididos, todos comungam uma mistura de Islã primitivo e costumes tribais ainda mais primitivos (que variam pelo país, mas no sul recebem o nome genérico de Pashtunwali). Durante a ocupação, os russos esmagaram várias bolinhas de ping-pong, mas jamais conseguiram esmagar quantidade suficiente para realmente vencê-los. A qualquer momento que se fizessem as contas, no máximo 80% do país estava sob efetivo controle dos russos; assim, os russos sempre ganhavam as batalhas; e estavam sempre perdendo a guerra. O Afeganistão foi o túmulo da União Soviética.

A brutal ocupação soviética esfacelou a estrutura social afegã. Um décimo da população foi assassinada ou morreu; mas de cinco milhões de afegãos fugiram do país. Vivendo em condições subumanas em campos de refugiados, principalmente no Paquistão, centenas de milhares de jovens afegãos foram "remodelados". Como as crianças de Israel da Bíblia, depois de 40 anos vagando pelo deserto, esses afegãos converteram-se em adultos muito diferentes de seus pais. A nova geração manteve seu código de crenças, mas perdeu qualquer contato com os aspectos humanizantes da vida nas famílias tribais. Criados longe da mãe e das irmãs, muitos desses jovens, quase todos pashtun, foram reunidos em madrassas [escolas religiosas] exclusivamente masculinas, nas quais viveram, foram alimentados, vestidos, armados e convertidos em radicais. No final da juventude, já eram, todos, a infantaria dos Taliban.

No poder, os Taliban impuseram regime repressivo e feio, mas não pior que vários outros regimes na Ásia e África. E as sociedades e os regimes modificam-se. Veja-se, por exemplo, o Vietnã do pós-guerra. Ninguém, no tempo em que eu trabalhava no governo, imaginaria que o regime comunista do Vietnã converter-se-ia em sociedade capitalista relativamente aberta. No Afeganistão há sinais, ainda muito fracos, é verdade, de que, embora o duro código dos Taliban permaneça intacto, já há lideranças interessadas em modificar o programa. Como argumentarei adiante, aí está uma tendência que os EUA devemos encorajar.

Mas como insurgentes, os Taliban são inimigos potentíssimos. Temos poucas chances de derrotá-los. Observadores independentes já dizem que eles têm-se tornado mais populares, ao mesmo ritmo em que os EUA nos tornamos cada dia menos populares. Os Taliban e também muitos não-Taliban afegãos veem os EUA como viram os russos: como invasores estrangeiros não-muçulmanos. Mais do que isso, veem o governo local que os EUA apoiam como governo corrupto, de ladrões. Não poucos observadores já denunciaram que há envolvimento do governo no tráfico de drogas, em malversação de fundos de ajuda e até na venda de armas dos EUA para os Taliban (o governo do Vietnã do Sul também vendia armas para o Vietcong). Além de tudo isso, é governo ineficaz: praticamente, só tem autoridade em Cabul. A maior parte do país está dominada por senhores-da-guerra brutais e predadores. O governo de Karzai não se manterá por muito tempo depois da retirada dos EUA – o mesmo destino que teve o governo-fantoche que os soviéticos lá deixaram; e o mesmo destino que teve também o governo-fantoche que deixamos em Saigon. Forçados a escolher entre os senhores-da-guerra e os Taliban, é altamente provável que os afegãos escolham os Taliban. Como disse o general Stanley McChrystal, "grupos-chave já se mostram saudosos da segurança e justiça que havia sob o mando dos Taliban." Já estamos na vida da derrota, como estratégia de longo prazo.

Mesmo como tática de curto prazo, me parece, não interessa aos EUA derrotar os Taliban. Quanto mais tentarmos, mais provavelmente faremos aumentar e disseminar o terrorismo. Como o demonstra a história de todas as insurgências, quanto maior o número de botinas estrangeiras no território e quanto mais ferozmente as tropas estrangeiras combatam, mais ódio geram. Trocar os combates de solo por ataques com teleguiados tampouco é solução. Sou testemunha de que ser atacado pelo ar gera muito mais ira do que enfrentar ataque no solo.

A principal objeção dos EUA aos Taliban é terem oferecido uma base de operações a Osama bin Laden e ao seu grupo mais íntimo. Mas há aí dois diferentes grupos: os Taliban são organização política nacional, ancorada no maior grupo étnico afegão; a Al Qaeda é uma aliança pouco coesa de dissidentes de vários países, unidos apenas pela fé que os leva a defender, como legítimas, suas ideias étnico-nacional-religiosas de autodeterminação cultural e religiosa.

Do ponto de vista dos EUA, a superposição dos dois grupos aparece quando lutamos contra os Taliban para derrotar Osama. Oferecemos uma recompensa astronômica por Osama "vivo ou morto", a homens muito pobres e suas tribos. Nada ganhamos em troca. Pelo código afegão do Pashtunwali, é pecado mortal trair alguém a quem se tenha oferecido "proteção de santuário" (melmastia). De fato, qualquer esforço que os EUA façamos para tentar os Pashtun a pecar em troca de dinheiro será sempre visto como insulto ao seu senso de honra.

Assim sendo, raciocinando com realismo, o que podemos e o que não podemos fazer? Procurarei ser sucinto e claro.

Na questão nuclear, Paquistão e Índia são unidos como gêmeos xifópagos. A única via efetiva de ação é precisamente a que o senhor já recomendou: redução geral de todos os arsenais nucleares, onde houver, a começar pelo nosso e pelo dos russos. Criadas as condições adequadas, devemos passar a cuidar de garantias para um controle regional de armas, incentivos econômicos e revogação da doutrina do "primeiro ataque", de inspiração neoconservadora. Tendo trabalhado no comitê gestor de crises durante a crise dos mísseis cubanos, posso atestar que armas nucleares, estejam onde estiverem, são ameaça para toda a humanidade. Sua política, chamada "doutrina Obama" de redução dos arsenais nucleares é literalmente vital para nós todos.

Quanto à Al Qaeda, o que interessa à segurança dos EUA não é prender Osama bin Laden, mas tirar-lhe condições de agir. Isso é viável e pode ser conseguido. Como fazê-lo? Digo-lhe. Osama goza hoje da proteção dos Pashtuns. A Melmastia é dever sagrado, mas o código Pashtunwali é autolimitado. Os Pashtun que guardam Osama podem exigir dele, com honra, que não repita nem insista em ações que os põem, todos, sob grave perigo. Esse deve ser elemento chave na negociação de algum tipo de trégua que tanto nós quanto, preferencialmente, o Paquistão, podemos propor aos Taliban. Como necessário primeiro passo, podemos negociar com os vários grupos que compõem a Al-Qaeda, consideradas suas diferentes motivações. Uma vez que ataques terroristas podem ser planejados e disparados de vários lugares, a única defesa efetiva de longo prazo contra o terrorismo é combater as causas do terrorismo, muito mais do que combater diretamente os terroristas.

Quanto ao tráfico de drogas, seria ótimo que os afegãos resolvessem para nós o nosso problema de drogas. Infelizmente, temos de admitir que as drogas são, de fato, problema muito mais dos EUA, do que do Afeganistão. A heroína é prova de que as forças de mercado existem e funcionam. Podemos intervir em pequenos ajustes, subsidiar o plantio de outras culturas, comprar as colheitas, empregar desfoliantes etc., mas enquanto houver quem pague os altos preços das drogas, haverá produtores e distribuidores para satisfazer essa demanda. Para avaliar a dificuldade de impedir afegãos de produzir papoula, basta pensar na dificuldade de impedir franceses de produzir vinho. Não podemos esperar que algum governo afegão resolva nosso problema de drogas, mas, se os EUA sairmos de lá, o Taliban poderá voltar a combater o tráfico, como fazia nos anos 1990s.

Quanto à ocupação, temos de considerar três aspectos. Nossa presença implica algum resultado sustentável para depois de sairmos de lá? A ocupação pode ser sustentada sem que grande parte da população afegã e outras nos vejam como inimigos? Temos dinheiro para manter a ocupação? Minha resposta é "não", nos três casos. Considerem-se os seguintes fatores:

Primeiro, é raro que insurgências terminem com o estabelecimento de regime que tenha sido favorecido pelo ocupante – é o que ensina a experiência dos britânicos e russos no Afeganistão, dos EUA no Vietnã, dos franceses na Argélia. Governos aceitáveis pelo ocupante estrangeiro podem sobreviver por algum tempo mas, quase sempre, os que mais duramente tenham combatido o estrangeiro são os que sempre acabam por chegar ao poder depois de o estrangeiro partir.

Segundo, a intervenção militar dos EUA no Afeganistão não apenas consolidou os Taliban como organização; também fez surgir massivo apoio popular aos Taliban. Há muitas provas no Afeganistão, como há em todas as insurgências que estudei, de que a presença de soldados estrangeiros faz aumentar, não acalmar, as hostilidades. Os britânicos aprenderam que é assim, já desde a Revolução Norte-americana (quando os dois lados eram 'primos', tinham a mesma religião e falavam o mesmo idioma).

Terceiro, o custo da guerra, em vidas humanas, talvez não alcance o nível do Vetnã nem do Iraque; mas o custo da guerra, em dólares, dificilmente será inferior ao daquelas guerras. Meu palpite é que o custo financeiro da guerra do Afeganistão ficará entre 3 e 6 trilhões de dólares, em estimativa ampla, não só dos gastos aprovados pelo Congresso. Assim, a campanha do Afeganistão destruirá qualquer projeto econômico para os EUA, exatamente como o Vietnã destruiu a "Grande Sociedade" de Johnson. 

Quanto à reforma do governo afegão, não há muito que possamos fazer. A corrupção já corrói tudo, de cima a baixo. Vi acontecer no Vietnã: se um governo decide roubar até seu próprio último vintém, não há força estrangeira que o consiga deter. Tivemos chance, nos anos 60s, de auxiliar a reforma do governo afegão, mas fracassamos; de fato, os EUA saudamos Mohammed Daoud Khan – o homem que derrubou o governo –, porque era anticomunista! Sejamos realistas: é preciso assumir de uma vez por todas que nem um Hamid Karzai eleito conseguirá manter-se no poder, depois da retirada dos soldados dos EUA.

Quanto ao governo do Paquistão, menos ainda os EUA poderão fazer alguma coisa. Também aí a corrupção é geral e começa por cima. O presidente Asif Ali Zardari, apresentado como "homem dos EUA", é detestado pela vasta maioria dos paquistaneses e tem longa folha-corrida de desonestidades. Acho que o governo de Zardari será rapidamente substituído por um governo militar. Se acontecer, só poderemos, no máximo, modestamente, sem excesso de intromissões, tentar estimular o crescimento de instituições cívicas 'compensatórias'.

Quanto à Cachemira, como muitos problemas mundiais, a solução lógica não é exequível. Se Índia e Paquistão concordarem com a realização de um plebiscito, os cachemires provavelmente aceitarão receber alguma autonomia, mesmo que permaneçam sob mando da Índia. Nem o Paquistão nem a Índia querem a Cachemira independente, mas a situação atual é difícil também para eles, e estabeleceram um canal interno pelo qual pode transitar alguma possibilidade de acomodação. Quanto mais os EUA se mantiverem afastados disso, melhor para todos.

Quanto ao Islã, o senhor, presidente Obama, já demarcou a única via inteligente e humana para nosso mundo tão diverso. O legado dos neoconservadores e do governo Bush tem de ser superado. Mas é preciso muito tempo, para que o maravilhoso discurso do Cairo convença os muçulmanos de que realmente desejamos conviver com eles num mundo multicultural.

Minha opinião é que os paquistaneses nos deram uma nova grande oportunidade. Os Taliban, afinal, são Pashtuns, muçulmanos e ou afegãos ou paquistaneses. Os EUA não somos nada disso. Assim, o Paquistão pode combater os Taliban por vias mais aceitáveis do que as que conhecemos e podemos usar. Dado o duradouro apoio que deu aos Taliban, o Paquistão pode atraí-los para a mesa de negociações. Se formos espertos, os EUA aproveitarão a oportunidade do ataque paquistanês ao Taliban no vale do Swat, e retrocedemos e saímos de lá o mais elegantemente possível. Como sair de lá, é assunto sobre o qual o ex-senador George McGovern e eu escrevemos, a propósito de outra guerra, em nosso livro Out of Iraq. Com algumas mudanças, lá está uma espécie de modelo a ser aplicado também para a retirada dos EUA do Afeganistão. Enquanto permanecermos lá, a guerra continuará, com consequências desastrosas para todos os planos de tudo quanto o senhor quer fazer e os norte-americanos tanto precisamos que o senhor faça. Nada obriga os EUA a afundar, depois de britânicos e russos, nas areias movediças do Afeganistão.

Respeitosamente [assina]
William R. Polk
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