Dia das crianças no Paraguai

Quem se limita à leitura dos livros escolares de história do Brasil fica sem saber de episódios como este. Nossos heróis, exaltados no Panteão da Pátria são, na verdade, exterminadores de crianças e mães e nosso exército, armado pelo império da época - a Inglaterra - foi capaz de perpetrar este genocídio. O crime do Solano Lopez (e dos paraguaios) foi querer um Paraguai autônomo e livre do domínio inglês. É lamentável.
"Acosta Ñu (atual Eusébio Ayala - Cordillera), 16 de agosto de 1869:  

Com a queda de Asunción e o início da ocupação militar, estava cada vez mais difícil para o exército do Paraguai conter o avanço das tropas de Brasil, Argentina e Uruguai por seu território.

Refugiados nos Campos de Acosta (Acosta Ñu, em guarani), a 75 quilômetros da capital, a resistência paraguaia, comandada pelo general Bernardino Caballero, assistia impotente à marcha de 20 mil homens armados até os dentes e dispostos a capturar o ditador Francisco Solano López. 

Sem soldados suficientes para cobrir a retirada dos 500 oficiais de cavalaria que restaram em seu regimento, Caballero teve a infeliz ideia de recrutar meninos de 6 a 12 anos e fantasiá-los como militares, com fardas, bonés, barba pintada com carvão e pedaços de pau simulando rifles.  

A intenção era 'assustar' as tropas aliadas, comandadas pelo Conde D’Eu, marido da princesa Isabel e retardar o avanço dos inimigos durante tempo suficiente para a fuga. Como era de se esperar, a genial estratégia revelou-se uma colossal ideia de gerico.  

Entrincheirados em mortal armadilha, os meninos foram massacrados a golpes de espada e disparos de rifles. Além das crianças, centenas de mães foram decapitadas pelos oficiais da cavalaria brasileira. Algumas delas, preferiram matar os próprios filhos a entregá-los à fúria dos invasores.  

Ao cair da noite, as trincheiras e as matas ao redor do campo de batalha foram incendiadas. De seu bunker, o Alto Comando aliado comemorava a vitória e apreciava o doentio espetáculo de gritos agoniados, choro infantil e corpos em chamas, verdadeiras tochas humanas.  

No dia seguinte, os sobreviventes foram resgatados pela equipe médica a serviço do exército brasileiro. Aos poucos, porém, o alarido da improvisada enfermaria foi transformando-se em silêncio. Poucos resistiram ao massacre.

Meses mais tarde, com a morte de Solano López, a Guerra do Paraguai, conhecida no país vizinho como Guerra da Tríplice Aliança, foi dada por encerrada. Em seu retorno ao Brasil, o Conde D’Eu foi aclamado como herói pelas ruas do Rio de Janeiro.  

No Paraguai, em homenagem à 'valentia' dos mártires de Acosta Ñu, o dia 16 de agosto foi eternizado como o Dia das Crianças. Na década de 1930, cinzas recolhidas no campo de batalha foram depositadas em uma urna coletiva no Panteão dos Heróis, onde são reverenciadas até hoje."  

Fonte: www.sopabrasiguaia.blogspot.com  
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