O Japão defende que três princípios sejam considerados na definição dos parâmetros pós 2012: flexibilidade e diversidade; compatibilidade entre proteção ambiental e crescimento econômico através da conservação de energia e outras tecnologias e a participação de todos os grandes emissores de gases de efeito estufa, incluindo os países em desenvolvimento.
Para incentivar os países em desenvolvimento, o Japão destinará US$ 10 bilhões, nos próximos cinco anos, para assistência em ações voltadas à redução das emissões de gases de efeito estufa. A iniciativa, chamada de Parceria para o Esfriamento da Terra, foi anunciada durante o Fórum Econômico Mundial deste ano, em Davos, na Suíça.
O país também se propõe a incentivar a produção sustentável de biocombustíveis. No começo de junho, na Conferência de Alto Nível da FAO, em Roma, o primeiro-ministro japonês Yasuo Fukuda fez um apelo para que sejam aceleradas as pesquisas sobre biocombustíveis de segunda geração - fabricados a partir de matérias-primas que não podem ser usadas como alimento - de forma que a produção desse tipo de energia não comprometa a segurança alimentar do planeta.
Já está em desenvolvimento, pelo governo japonês, projeto para a futura produção de etanol a partir da celulose. Na semana passada, em Brasília, o Instituto de Ciência e Tecnologia do Japão firmou acordo com a Universidade Federal do Rio de Janeiro para pesquisa técnica na área de biomassa. Na mesma ocasião, o governo japonês anunciou a intenção de ampliar a compra de bioetanol do Brasil - a brasileira Copersucar e a japonesa Japan Biofuels Supply LLP fecharam negócio para venda de 200 milhões de litros de etanol brasileiro ao país asiático.
O Japão depende 100% dos combustíveis fósseis - 99,8% importados - e pretende reduzir essa dependência em 80% até 2030.
(Envolverde/Agência Brasil)
- Por Mylena Fiori, da Agência Brasil