(3 de maio de 1469 – 21 de junho de 1527)
Nicolau Maquiavel, retrato por Giovanni Santi (1435-1494)
Nascido no governo de Laurent, o Magnífico, Nicolau Maquiavel assistiu os franceses de Charles VIII entrarem em Florença e Jerônimo Savanarola destruir a cidade (1494 – 1498).
Secretário da Chancelaria, participou de missões diplomáticas delicadas junto às potências do momento, em especial junto a César Borja, filho do papa Alexandre VI e depois junto ao novo papa, Júlio II. Convenceu Luís XII, de França a não socorrer Ferrara, cercada pelo papa, em 1510. Em 1512, os Médici, que tinham reassumido o controle de Florença mantiveram-no fora do caminho.
Em retiro em São Cassiano, escreveu numerosas obras (A arte da guerra, Histórias florentinas, A mandrágora ...).
A mais conhecida de suas obras, Il Principe (O Príncipe, 1513), é um curto ensaio dedicado a Laurent de Médici, duque de Urbino, no qual o autor expôs a arte e a maneira de governar manobrando habilmente os sentimentos populares. Serviu de exemplo a César Borja, filho natural do papa Alexandre VI, que tinha governado nos anos anteriores os Estados Pontifícios, dando provas de uma total ausência de escrúpulos.
Maquiavel foi apresentado como um cínico desprovido de ideais e de seu nome surgiu o adjetivo maquiavélico, visto que esse homem político era um incansável cobiçador do bem público, mas não tinha quaisquer ilusões acerca das virtudes dos homens. De sua obra-prima devemos nos lembrar sempre destas sentenças: “A força é sempre justa quando necessária” e também “dividir para reinar!” (Do latim: “divide ut imperes!”) e, para encerrar: “se podes matar teu inimigo, faze-o, caso contrário, faz dele um amigo”.
Traduzido do Francês por A. Pertence