Mulher prepara “bolos de argila”, discos de barro, manteiga e sal, que se tornaram símbolo da luta do Haiti contra a pobreza extrema e a fome. Foto: ONU / Logan Abassi
No Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza, Ban Ki-moon destacou que 900 milhões ainda vivem na extrema pobreza. Conflitos violentos e mudanças climáticas ameaçam conquistas recentes.
Na véspera do Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza, celebrado dia 17 de outubro, o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, lembrou o compromisso recém-assumido pela comunidade mundial de alcançar este objetivo até 2030. Em pronunciamento, o representante da ONU destacou o tema da data nesse ano: o combate à discriminação que atinge minorias, migrantes, mulheres e crianças.
Apesar de, nos últimos 25 anos, mais de um bilhão de pessoas terem saído da linha da pobreza, 900 milhões continuam a viver em miséria extrema. De acordo com Ban Ki-moon, esse grupo corre o risco de aumentar. “Mudanças climáticas, conflitos violentos e outros desastres ameaçam desfazer muitos dos nossos ganhos”, afirmou.
O secretário-geral ressaltou o poder de mobilização que os Objetivos do Milênio tiveram desde 2000. Em 2015, a meta de reduzir pela metade o número de pessoas vivendo em extrema pobreza já havia sido alcançada, conforme previsto pela agenda global anterior. Se a Agenda 2030 for cumprida, “a nossa pode ser a primeira geração a testemunhar um mundo sem extrema pobreza, onde todas as pessoas – não apenas os poderosos e privilegiados – podem participar e contribuir igualmente, livres de discriminação e penúria”, disse o dirigente.
Ban Ki-moon afirmou ainda que os novos Objetivos Globais incluem o combate à desigualdade e ao preconceito. “Não deixar ninguém para trás significa acabar com a discriminação e o abuso direcionados à metade da humanidade – as mulheres e meninas do mundo. Significa lutar contra a discriminação notória contra minorias, migrantes e outros”, destacou. (ONU Brasil/ #Envolverde)
* Publicado originalmente no site ONU Brasil.