Foto de Mario Anzuoni/Agência Reuters
A pacata cidade de Ferguson, estado do Missouri, no USA, tem sido palco de violentos confrontos entre a população e a polícia fascista devido a morte do jovem Michael Brown, 18 anos, negro, assassinado na noite do último sábado por agentes de repressão.
As manifestações começaram na noite de domingo quando uma vigília se transformou em enfrentamento. Na noite de ontem, 11 de agosto, ocorreram os protestos mais violentos. Manifestantes enfrentaram a repressão, que lançou bombas de gás e balas de borracha contra a massa.
"Ele acabou de se formar e estava a caminho da faculdade", disse a mãe do jovem, Lesley McSpadden, em entrevista coletiva.
A família de Michael contratou o mesmo advogado que representou a família de Trayvon Martin, outro adolescente negro assassinado de forma covarde por um guarda comunitário em 2012, gerando manifestações por todo o país.
Dorian Johnson, amigo de Michael, em entrevista para um canal de televisão disse que o agente atirou quando Brown se recusou a ir do meio da rua para a calçada e ressaltou que ele mantinha as mãos sobre a cabeça.
A versão da polícia diz que o rapaz não estava armado, mas "atacou fisicamente" o agente no carro da polícia e tentou tirar-lhe a arma sem sucesso. A família nega esta versão e diz que Michael não exerceu violência contra o policial. O FBI prometeu investigar o caso.