A proposta da nova lei energética francesa, que estabelece as metas para as próximas décadas, foi apresentada pelo governo na última semana como sendo a mais “ambiciosa da União Europeia”.
De acordo com a proposta, até 2030: as fontes renováveis devem representar 32% da matriz (acima dos atuais 18%); as emissões de gases do efeito estufa do setor precisam cair 40% com relação ao nível de 1990; o consumo de combustíveis fósseis deve ser reduzido em 30%; e a fatia da geração nuclear na matriz deve cair de 75% para 50%.
“Se adotada, a lei colocará nosso país na vanguarda energética na Europa”, afirmou Ségolène Royal, ministra da Ecologia, Desenvolvimento Sustentável e Energia.
A queda na participação nuclear na matriz, pedida por entidades da sociedade civil, se dará em etapas, mas a ministra deixou claro que o país não planeja em um futuro próximo abandonar essa fonte.
“Escolhemos manter a nuclear como o alicerce de nossa matriz. Será a fonte dominante até, pelo menos, 2050”, disse.
Para conseguir alcançar os objetivos da lei, o governo francês garante já ter um fundo de €10 bilhões pronto para ser utilizado.
Porém, essa quantia pode não ser o suficiente. “Estimamos que um valor mais correto seria algo em torno dos €30 bilhões. Será preciso estimular projetos de energias renováveis, assim como compensar comunidades e pessoas carentes que possam vir a sofrer com possíveis altas nos preços da energia”, afirmou uma nota do WWF francês.
A nova lei será encaminhada para o parlamento, e a previsão é que entre em votação em meados de outubro.
* Publicado originalmente no site CarbonoBrasil.
Fabiano Ávila, do CarbonoBrasil
A proposta da nova lei energética francesa, que estabelece as metas para as próximas décadas, foi apresentada pelo governo na última semana como sendo a mais “ambiciosa da União Europeia”.
De acordo com a proposta, até 2030: as fontes renováveis devem representar 32% da matriz (acima dos atuais 18%); as emissões de gases do efeito estufa do setor precisam cair 40% com relação ao nível de 1990; o consumo de combustíveis fósseis deve ser reduzido em 30%; e a fatia da geração nuclear na matriz deve cair de 75% para 50%.
“Se adotada, a lei colocará nosso país na vanguarda energética na Europa”, afirmou Ségolène Royal, ministra da Ecologia, Desenvolvimento Sustentável e Energia.
A queda na participação nuclear na matriz, pedida por entidades da sociedade civil, se dará em etapas, mas a ministra deixou claro que o país não planeja em um futuro próximo abandonar essa fonte.
“Escolhemos manter a nuclear como o alicerce de nossa matriz. Será a fonte dominante até, pelo menos, 2050”, disse.
Para conseguir alcançar os objetivos da lei, o governo francês garante já ter um fundo de €10 bilhões pronto para ser utilizado.
Porém, essa quantia pode não ser o suficiente. “Estimamos que um valor mais correto seria algo em torno dos €30 bilhões. Será preciso estimular projetos de energias renováveis, assim como compensar comunidades e pessoas carentes que possam vir a sofrer com possíveis altas nos preços da energia”, afirmou uma nota do WWF francês.
A nova lei será encaminhada para o parlamento, e a previsão é que entre em votação em meados de outubro.
* Publicado originalmente no site CarbonoBrasil.