O teólogo da libertação brasileiro, que participou esta semana no Panamá de uma conferência internacional, afirmou à agência Prensa Latina que o presidente estadunidense, Barack Obama, não atribui importância à América Latina e, por isso, tem sido menos agressivo diretamente que os Bush ou Reagan e do que outros presidentes anteriores.
No entanto, tem sido um governo muito mau para o mundo porque aperfeiçoa o processo de "globocolonização”, de intervenção, por exemplo, na Ucrânia, na Síria, na Líbia e em outros países; é a polícia do mundo, sublinhou.
"Descaradamente”, Frei Betto expressou, tem se colocado acima de todas as leis e tratados internacionais, não dá nenhuma importância a esses acordos e não há como o sancionar.
Por sorte, há uma correlação de forças na América Latina, na contramão dos Estados Unidos. "Não somos aquele rebanho de ovelhas que baixava a cabeça ante o pastor da Casa Branca, temos mais soberania, mais independência e mais clareza de que caminhos libertadores queremos seguir”, apontou.
A respeito da Venezuela, Betto declarou que trata-se do principal foco da subversão estadunidense na América Latina, e isso passa por algo muito simples, ou seja, o petróleo venezuelano. Para ele, os Estados Unidos farão tudo o que puderem para desestabilizar a revolução bolivariana. Mas a Venezuela, destacou, conta com a solidariedade de todos os países que estão na Comunidade de Estados Latino-Americanos e do Caribe.
Frei Betto disse ainda nesta que a América Latina é o continente que tem mais esperança de futuro no mundo porque é uma região com mais democracia, maior participação política e que mais reduziu sua desigualdade social.
Com informações da agência Prensa Latina