A substância poderá dar lugar a um plástico degradável, que pode ser enterrado no solo e servir de alimento para plantas. Foto: bjakeb
Presente no exoesqueleto do camarão, a quitina é proveniente das cascas do artrópode descartadas, e é jogada fora ou utilizada em fertilizantes, cosméticos, ou suplementos alimentares. Agora, graças a uma equipe de cientistas do Instituto Wyss de Harvard, especializada em bioengenharia, a substância poderá dar lugar a um plástico degradável, que pode ser enterrado no solo e servir de alimento para plantas.
Os pesquisadores desenvolveram o “shrilk”, um bioplástico feito a partir da casca do camarão, tão resistente quanto outros bioplásticos no mercado, e que se desfaz no meio ambiente em apenas duas semanas.
“Você pode fazer praticamente qualquer forma 3D com impressionante precisão deste tipo de quitosana”, destacou Javier Fernandez, líder do estudo, que moldou uma série de peças de xadrez para ilustrar seu ponto.
Mesmo depois de descartado, o bioplástico tem suas vantagens. A equipe até plantou um pé de ervilha em um solo enriquecido com quitosana, que cresceu em três semanas, demonstrando seu potencial para incentivar o crescimento das plantas.
* Publicado originalmente no site EcoD.
(EcoD)