Suécia: por que querem apanhar ainda mais? Por que tanta vontade de ir à batalha?

Forçando uma assinatura conclusiva dos acordos políticos com Quieve, para uma associação com a União Européia, Bruxelas procura conseguir a transformação da Ucrânia num satélite da OTAN, a inimizade da mesma com a Rússia, e simultâneamente a abertura do mercado do país para as mercadorias do ocidente, sem uma perspectiva a uma total adesão a União Européia. Ao papél prestado pela Polônia, sob a direção do ocidente na Ucrânia, escreveu-se e muito. Mas muito pouco se falou do papél prestado por um outro país, o papél da Suécia. Essa propagadora dos interesses ocidentais na Eurásia interessa-se muito também pela região da Karélia, uma ilha no Mar Báltico, rica em minerais e recursos florestais, com uma população hostíl aos planos russos para o Ártico. [Karélia é uma area da Europa do Norte de significância histórica para a Finlândia, Rússia e Suécia. Karélia está hoje em dia dividida entre a Rússia e a Finlândia – Wikipédia.]
O trabalho subversivo da Suécia contra a Rússia é feito através de:
a)* Finlandeses que usam a lingua suéca, apresentam atitudes hostís a respeito da Rússia, e que mantém um estreito contato com a estrutura governamental suéca. Entre esses encontram-se redatores de sites, e representantes de associações Pró-Cáucaso.
b)* Organizações públicas que apoiam formações de grupos e bandos clandestinos de separatistas no sul da Rússia, no Cáucaso. Organizações essas registradas na Suécia.
Aqui tem-se também o capital dos bancos suécos que inundam agora a Ucrânia enquanto a Suécia também avança o projeto “Associação do Leste” . Isso é feito conjuntamente com a Polônia, visto que esses dois países tem o interesse conjunto de conscientizar e interessar os seus bancos a uma colonização financeira do território ucraniano.
Unidos ao lado da Suécia aqui apresentam-se os seguros e os fundos das aposentadorias dos Estados Unidos, que mostram-se como a maior fonte dos fundos dos bancos suécos.
O esquema de assimilação, domínio, desbravamento e colonização do território ucraniano já foi antes provado nos três países bálticos, na região do Mar Báltico, os quais faziam parte da União Soviética. Nesses países, a Suécia e outros representantes do capital financeiro norte-europeu, com a ajuda de agressivo fornecimento de crédito no começo dos anos 2 000 “aqueceram” a anteriormente deplorável situação da economia das repúblicas do Báltico [Estônia, Letônia e Lituânia]. Depois do fornecimento dos créditos veio o total controle financeiro sobre esses países. O capital norte-europeu obteve dessa maneira uma firme e estável fonte de lucros e proveitos, vindo das porcentagens dos créditos, já agora por dezenas de anos. “Cortesia do Esquema Sueco”  produtores de mercadorias e serviços da União Européia a mais de dez anos, com sucesso, realizam no mercado Báltico a sua produção. Esses, firme e resolutamente consolidaram no Báltico uma veritábel transformação, excepto no que diz respeito ao paraiso para o “sex turismo”, os fregueses vindo então da Europa.
* Simultâneamente com os banqueiros, para o lado da Ucrânia olharam também os extremistas e ultranacionalistas suécos. Levaram meios para seus companheiros na Ucrânia, e organizaram grupos de apoio para os sites sociais dos mesmos. No começo de março desse ano, em Quieve, para ajuda dos neonazistas ucranianos chegaram combatentes extremistas de partidos suécos. Oficialmente, o governo suéco olhando para esse desembarque “de tropas” suecas na Ucrânia declara que não consegue ver nada muito bem.
Entretanto, as figuras centrais da ofensiva suéca contra a Rússia, através da Ucrânia, constitui-se não de extremistas de ultradireita mas de pessoas como o Ministro dos Negócios do Exterior Karl Bildt, o qual exigia o “Pacote das Reformas Econômicas Radicais” para a Ucrânia já no dia do começo do processo do golpe de estado, em fevereiro, em Quieve. Esse Europa-Aficionado é um dos autores do projeto “Associação do Leste” e simultâneamente também representante de Estocolmo na não-oficial e não-formal coalizão Suécia-Polônia-Lituânia, que são os que mais ativamente fazem pressão na Ucrânia, agindo contra o projeto russo de integração da Eurásia.
O Ministro dos Negócios Estrangeiros, e o governo da Suécia, sempre sublinharam que o país apoiava “a política da neutralidade”, e isso a séculos. Tem-se então aqui que todas as desgraças e adversidades vêm, “como conhecido de longa data”, das “agressões russas”. Explicações lógicas de como a neutral Suécia poderia “evitar ou desviar-se da agressões russas” já vêm de séculos, por ex. no caso da Poltáva. [Guerra contra a Rússia perdida pela Suécia a 300 anos atrás. Depois consolidou-se uma neutralidade. Mas, estaria realmente essa neutralidade agora fortemente consolidada? Não mais hoje em dia. Veja-se Iugoslávia, Afeganistão, Líbia, Ucrânia e também mais recentemente, a cada dia que passa, uma mais estreita cooperação com a OTAN. Por ex. a prontidão da Suécia, para poder colocar imediatamente recursos bélicos suécos onde quer que seja no mundo]
De quando dos acontecimentos em Quieve em dezembro de 2013  a Televisão Suéca mostrou um excepcionalmente transparente e interessante documentário, de acordo com o qual os serviços de inteligência da Suécia mostravam-se como os maiores sócios, ou associados, dos serviços secretos dos Estados Unidos na espionagem, ou melhor dizendo, na muitíssimo abrangente espionagem contra a Rússia.
[A Suécia dava, e continua dando, aos Estados Unidos o que o país espionou das discussões internas da Rússia nas áreas de segurança e defesa, além de permitir aos Estados Unidos de se apoderarem, por outros canais, do que lhes interessasse, além de fornecer depois aos Estados Unidos, também o que a Suécia tinha obtido das espionagens contra o próprio centro do governo russo]
Respondendo a essas revelações a Ministra da Defesa da Suécia, e outros representantes oficiais, declararam que sim, espionavam na Rússia [leia-se chupavam tudo o que ia e vinha da Rússia] para adiantar os interesses dos Estados Unidos e que isso eles o continuariam a fazer, visto que toda essa atividade se enquadrava, na Suécia, nos ramos da lei, estando mesmo abaixo de severo controle e supervisão do parlamento suéco. (!) [O direito humano a privacidade simplesmente não existe mais na Suécia, e isso por força de lei. Da minha perspectiva o que realmente se passa é diabólico e infernal, não só para a Rússia, mas também para todo e qualquer cidadão suéco que preze seu direito a privacidade. Ressaltando-se aqui então que o que se passa quanto a Rússia é simplesmente inadmissível e também ao meu ver insustentável. É uma situação Dilma Russeff levada aos seus mais inimagináveis extremos. Cortesia suéca]
Como disse então Glenn Grinvald, o jornalista que revelou  os documentos de Eduard Snowden: Os Estados Unidos ditam incondicionalmente para a Suécia as condições de trabalho conjunto no sector da espionagem.        

Referências e Notas:
*Nesse texto não denominei pessoalmente organizações ou indivíduos de extrema-direita, nem colaboradores anti-russos na Suécia. A tradução aqui apresentada foi feita diretamente do russo. Para uma pesquisa mais detalhada recomenda-se o original. Provavelmente uma versão em inglês será apresentada na versão em inglês do www.fondsk.ru
A referência, no título, a respeito da Suécia querer apanhar mais, refere-se a guerra entre a Suécia e a Rússia, conhecida como A Batalha de Poltáva, mencionada acima, e a qual terminou em 1721, e de onde então nasceu a expressão “apanhou como um suéco na Poltáva”.

Todos os Direitos Reservados – www.fonds.ru
Tradução Anna Malm
Fonte: http://www.iranews.com.br/noticia

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