Depois de ter sido forçado a pousar em Viena ao retornar de uma reunião dos países produtores de gás natural em Moscou, Evo Morales teve de passar a noite na capital austríaca. Autoridades bolivianas estavam tentando estabelecer um plano de voo que permitisse chegar a La Paz. Depois de França e Portugal, foi com a Espanha que as relações ficaram mais tensas.
De acordo com o chefe de Estado boliviano, Madri teria fixado como condição uma inspeção da aeronave. O embaixador espanhol tinha até mesmo sugerido a Morales um "café" com ele a bordo do avião presidencial, informou o presidente boliviano, proposta prontamente rejeitada por Morales. "Eu não sou um criminoso", afirmou.
Nesta quarta-feira, as autoridades bolivianas se exaltaram. "A vida do presidente esteve em perigo", "as leis do tráfego aéreo foram violadas ..." Porém, depois obtivemos explicações de algumas autoridades, informando que surgiram rumores infundados sobre a presença de Snowden a bordo do avião, informou o ministro das Relações Exteriores da Bolívia, David Choquehuanca. Não sabemos, entretanto, quem inventou essa mentira."
Seu colega da defesa, Ruben Saavedra, acusou o Departamento de Estado dos EUA.
"Temos suspeitas de que esses países tenham sido manipulados por um poder estrangeiro, nomeadamente os Estados Unidos, a fim de intimidar o Estado boliviano e o presidente Evo Morales."