APESAR DOS PREDADORES O BONDE DE NOSSA HISTÓRIA NÃO PODE PARAR
O REBATE fez 78 anos de histórias no último dia 16 de Abril e estamos cumprindo nossa missão de não deixar que se perca no túnel das depredações de alguns piratas de plantão em nossa mídia, o que de belo e suado se encosta na historicidade de nossa gente.
Pescadores, pequenos sitiantes, gente simples, homens ilustres, ferroviários, comerciários, petroleiros e até, por que não dizer, politicos comprometidos com o POVO e longe do enriquecimento ilícito, fazem parte desta mistura de etnia que fortalece a cada dia os moradores da Região de Petróleo do RJ.
Gente como Luiz Cláudio Bittencourt, reporter fotográfico e historiador que se preocupa com o sagrado de nossa existência como cidade. É dele o email: "
Amigo Zé, uma fotografia de 1978 que mostra o Hotel dos Viajantes.
Guarde com muito carinho - precisaremos sempre dessa memória.
Quando eu for embora, a terra que me aguarde, eu volto !!!! Gosto muito daqui !!!
Dunga filho do cumprimentativo Zé Luiz.
Nunca um adjetivo bateu tão certo !!!
Abraço".
Fui educado, nos anos de 1940, tendo como exemplos a ser seguido, pessoas como o pai do Luiz Cláudio e tantos outros bons exemplos que a dignidade guarda nas catacumbas de nossos cemintério e que estão, com suas genéticas, sendo espalhadas nas véias de milhares de homens e mulheres que vivem em nossa região.
Foi com muita emoção que vi a foto do HOTEL DOS VIAJANTES do ano de 1923 e a de 1978. No ano de em que foi publicada a foto (1923) a cidade de Macaé abrigava poucos estrangeiros. Alguns vindo de Portugal com o Manoel Correa da Costa de quem ouvi lindas histórias que me foram contados no aconchego das CADEIRAS NAS CALÇADAS da Rua Doutor Bueno, 180 - Rua do Meio para os mais antigos -. Ali, sob o sombreamento de alguns árvores e abanado pelo vento ameno que vinha da Praia da Concha (hoje Praia do Forte e depois Praia dos Beijos), pude ouvir e guardar e hoje colocar gratuitamente no on-line de O REBATE e do GOOGLE, a presença desdes vultos humanos, simples, alegres e cumprimentativo como o pai do reporter de O REBATE Luiz Cláudio, Manoel Correa da Costa, Lafaiette Vieira, Julio Maximiliano Olivier, Miranda Sobrinho, Mathias Coutinho de Lacerda, Francisco Lobo, Henrique Daumas, Theodomiro e Waldimiro Bittencourt, Custódio José da Silva, Fábio Franco, Casculheiro (que doou seu patrimônio, um dos maiores de nossa cidade, composto de todo o Bairro dos Cajueiros, Imbetiba e o belissimo Morro em Frente a Praia do Forte, para a Casa de Caridade de Macaé e que, em sua maioria, foram destruido por Provedores da Irmandade durante anos e anos), Carlos Augusto Garcia e tantos outros que, no devido tempo irei dando continuidade.
Como dizia, eram destes homens que Macaé teve sua história alavancada. Nas CADEIRAS NAS CALÇADAS da Rua do Meio eu soube destas existência que tinham vindo de Portugal nos anos de 1900. Assim como Correa da Costa, Joaquim Sucena e José Murteira eram personagens marcantes em nossos atentos ouvidos...
Em 1978 o HOTEL DOS VIAJANTES era do mestre Latiff com quem aprendi a técnica e a coragem para escrever. Ali, no HOTEL DOS VIAJANTES, do Seu Latiff, as histórias macaenses são mais recentes mais não menos importantes para a vida da cidade.
Era neste lindo prédio, que mais tarde foi derrubado para dar passagem para o progresso, que morou dezenas de amigos de minha geração.
O seu Latiff Mussi Rocha era um homem extremamente simples e de uma perspicácia além de seu tempo. Mantinha o mesmo asseamento nos quartos e era famoso pelo servimento de almoços e jantares para os viajantes que pernoitavam em Macaé quando das longas viagens nos trens da Leopoldina. Pai de uma grande prole de macaenses que estão a enfeitar nossa história futura e presente.
Fundou a GAZETA DE MACAÉ onde muitos macaenses tiveram contacto com o jornalismo. Fiel as tradições libanezas no trato com as pessoas, "Seu Latiff" soube administrar centenas de amigos que, ao suceder a direção do jornal para seu filho e meu amigo Eraldo Mussi, continuou a sua vivencia sempre cercado de jovens e gráficos.
O REBATE, mantendo seu compromisso com a verdade histórica, orgulhosamente publíca para resgate de futuros historiadores, esta foto que, gratuitamente, poderá ser acessada, mundialmente, por milhares de pessoas que amam a historicidade.
Não foi em vão a presença, vindo de além mares, de MANOELCORREA DA COSTA, amigo de meu saudoso avô Mathias Coutinho de Lacerda que proporcionou ao O REBATE. e ao historiador e repórter fotográfico Luiz Cláudio Bittencout, este presente valioso que a fotografia nos brinda.