É um privilégio de lutadores de boxe (MMA é barbárie) de alto nível técnico. Muhamad Ali por exemplo. Ou Archie Moore. Esgrimistas, ou peleadores, como dizem com propriedade os argentinos e se referiam a Carlos Monzon, um dos maiores médios da história do esporte.
Na política não é um privilégio de Dilma Roussef, embora insista em faze-lo na suposição que as políticas sociais de seu partido serão suficientes para reelege-la.
Dilma foi para as cordas na questão PETROBRAS, no risco da economia desandar com crescimento da inflação e na alta do custo de vida. Como espera reverter esses e outros pepinos não se sabe. A certeza é que a presidente acuada, tem se mostrado confusa, tímida e sua famosa brabeza não tem sido suficiente para atenuar as críticas, até porque a mídia de mercado é podre e venal em nosso País e inteiramente aliada a oposição, até por determinação de fora, os que de ato controlam a comunicação.
Pior que isso, o juiz não é neutro, os adversários usam e abusam de golpes baixos e sua excelência faz de conta que é não é com ele.
O Brasil é um dos países que não superou o complexo de república de bananas no que diz respeito a eleições. A cada pleito surgem novas regras, a interferência do poder judiciário é castradora da liberdade de opinião, há uma anomalia chamada justiça eleitoral e a tal máquina de votar foi concebida para ser fraudada. O autor do projeto que excluiu o voto impresso foi Eduardo Azeredo, o homem do mensalão tucano. Medo da transparência.
Partidos pequenos são punidos com segundos ou poucos minutos de presença no rádio e na tevê, numa forma de evitar um debate mais amplo, o processo democrático não engatinha como querem alguns. É uma farsa.
Eleições são um instrumento para que forças populares possam buscar conscientizar, formar e organizar, na certeza que nenhuma mudança estrutural será feita no País dentro do modelo atual.
O PT está há quase doze anos no poder e não mexeu nas privatizações criminosas de FHC e nem expôs a corrupção tucana nos oito anos do “sábio” de São Paulo.
Com um projeto de lei de meios, indispensável para por fim ao monopólio de seis famílias que controlam a comunicação, elaborado pelo jornalista Franklin Martins, que foi para a gaveta de Dilma, a despeito dos 800 milhões devidos pelo grupo Marinho, GLOBO, por sonegação.
O Itaú, o maior banco privado do Brasil, apresenta lucros notáveis, devendo um bilhão em impostos sonegados. Clientes lesados pelos planos econômicos permanecerão assim, pois os tribunais superiores operam segundo a banca.
E Dilma nada. Guarda fechada nas cordas, golpes tomados abaixo da linha da cintura, logo defesa minada, em breve nocaute. Só milagre de um soco desferido ao acaso.
Rádios e tevês são concessionárias de serviços públicos. Bastaria a presidente sair das cordas e em rede nacional, tantas vezes quando necessárias, vir a público mostrar a realidade que cerca a oposição putrefata e fétida
É difícil entender o silêncio da presidente, é difícil compreender a aposta arriscada que faz, pois não coloca em risco só o seu governo, ou o seu partido, mas todo o País. Por pior que seja e boa pior nisso, é sempre menos ruim que qualquer tucano ou socialista de plumagem capitalista padrão Eduardo Campos, Marina da Silva.
É o Brasil descendo ladeira abaixo.
- Laerte Braga
- Editorial