(1) Só combater água parada é totalmente insuficiente, pois a totalidade desse foco é quase inatingível pelo cidadão. Há água parada até nas folhas, nos telhados, nos muros altos etc. Para confirmar o que digo, no Rio, esta foi a única medida proposta pelas autoridades e o avanço da dengue só parou porque o tempo esfriou.
(2) Importantíssimo é isolar o paciente com dengue. Uso obrigatório de cortinados. Constatamos que em todas as famílias havia mais de um caso, pois o mosquito está presente e passa de uma pessoa para outra, obviamente.
(3) A aspersão de inseticidas (fumacê) é essencial. Todos os maiores condomínios do Rio de Janeiro adotaram esse procedimento e a incidência de dengue foi desprezível. Nos países mais ricos a aspersão se faz com helicópteros para se conseguir atingir lugares menos expostos. Como não tem sido usado esse recurso, as pessoas devem borrifar inseticidas comerciais em suas casas, duas vezes por dia.
(4) Para baratear essa prática, sugeri que se adaptasse a aparelhagem borrifadora nos tetos dos caminhões de lixo. Com isso teríamos muita economia, pois as despesas de combustível e pessoal já estão incluídas nas devidas receitas, além de atingirmos todos os recantos da cidade.
(5) Como a hidratação é a base do tratamento, deve haver uma grande campanha informativa no sentido de se consumir muita água ou líquidos. Paciente bem hidratado sofre muito menos. Soro caseiro é muito bem vindo. Nesse aspecto lamentamos profundamente idéia que tiveram alguns indivíduos de pedirem as crianças para, nesse calor absurdo, usarem calças compridas para evitar a picada. Calor e calça comprida só aumentam a desidratação.
(6) Uso de repelentes é obrigatório, principalmente em crianças, especialmente nas pernas.
(7) Solicitar às pessoas que tiveram dengue que redobrem seus cuidados, pois uma reinfecção poderá ser fatal
Geraldo Siffert Junior - Médico - Rio de Janeiro
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