Morreu neste sábado (02/05) o escritor, dramaturgo, diretor e teatrólogo Augusto Boal, uma das grandes figuras do teatro contemporâneo internacional. Fundador do Teatro do Oprimido - que alia o teatro à ação social,inspiradas nas propostas do educador Paulo Freire -, suas técnicas e práticas difundiram-se pelo mundo, notadamente nas três últimas décadas do século XX, sendo largamente empregadas não só por aqueles que entendem o teatro como instrumento de emancipação política mas também nas áreas de educação, saúde mental e no sistema prisional.
Boal tem uma obra escrita expressiva, traduzida em mais de vinte línguas, e suas concepções são estudados nas principais escolas de teatro do mundo. O livro Teatro do oprimido e outras poéticas políticas trata de um sistema de exercícios ("monólogos corporais"), jogos (diálogos corporais) e técnicas de teatro-imagem, que, segundo o autor, podem ser utilizadas não só por atores mas por todas as pessoas. O Teatro do oprimido tem centros de difusão nos Estados Unidos, na França e no Brasil, na cidade do Rio de Janeiro, Santo André e Londrina.
Nas palavras de Boal:
"O Teatro do Oprimido é o teatro no sentido mais arcaico do termo. Todos os seres humanos são atores - porque atuam - e espectadores - porque observam. Somos todos 'espect-atores'"
Deixamos aqui nosso agradecimento pela sua obra e o homenageamos publicando um de seus textos, publicado no Le Monde Diplomatique Brasil.
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