COM 60 EXPOSITORES DE SEIS ESTADOS, SALÃO DE ARTE DE SP EXIBE MOSTRA “OS CAMINHOS
DA ARTE ENTRE FRANÇA E BRASIL” E TRIBUTO A ZANINE CALDAS, A PARTIR DE 17 DE AGOSTO

Exposição reúne obras produzidas por artistas brasileiros em solo francês, como Cícero Dias, Portinari, Lígia Clark, Flávio Shiró, Rego Monteiro e Ismael Nery.

Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Distrito Federal tem representantes no evento, que conta ainda com a Galeria Sur, do Uruguai e o Antiquário Luís Alegria, de Lisboa. CLIQUE AQUI PARA ACESSAR A GALERIA DE IMAGENS

Referência para colecionadores e marchands ao refletir as tendências do mercado de arte nacional e internacional, o Salão de Arte realiza sua edição 2009 entre os dias 18 e 23 de agosto, no Clube A Hebraica, em São Paulo. Entre antiquários, galerias de arte, casas de leilão, livros e papéis raros, são 60 expositores de seis estados, além de convidados de Portugal e Uruguai. A organização é de Vera Chaccur Chadad.

Nesta edição, por ocasião do Ano da França no Brasil, o Salão exibe a mostra especial “Os Caminhos da Arte entre França e Brasil”, com curadoria de Max Perlingeiro, que exibirá obras de artistas brasileiros que viveram, produziram e estabeleceram vínculos definitivos com a França. Da Missão Artística de 1816 às bolsas concedidas Escola Nacional de Belas Artes, passando pelo Segundo Reinado, a exposição traz telas de nomes como Antonio Gomide (Adão e Eva, 1923), Eliseu Visconti, Cícero Dias, Antonio Bandeira (Abstração, 1950), Di Cavalcanti e Cândido Portinari (Natureza-Morta, 1930); e esculturas de Sérgio Camargo, Lygia Clark, Victor Brecheret (Cabeça Feminina, 1919) e Flavio Shiró, dentre outros.

 “A exposição evidencia que a arte brasileira teve grande influência da cultura francesa. Os artistas brasileiros sempre souberam absorver e processar inúmeras influências culturais e artísticas europeias, desde épocas remotas, transfigurando-as e reestruturando-as conforme valores de autêntica identidade nacional”, afirma o crítico de arte Cláudio Valério Teixeira. 

A temática da mostra também inspirou a criação de um livro homônimo, de autoria da pedagoga Nereide Schilaro Santa Rosa, que será lançado no próprio Salão, no dia 18 de agosto, às 18h, pela Editora Pinakotheke.

Zanine Caldas – Outra exposição especialmente concebida para o Salão vai apresentar o legado do paisagista, arquiteto e escultor baiano Zanine Caldas, com curadoria de Luiz Octávio Louro Gomes e cenografia de Renato Scripillitti. Considerado por Lúcio Costa “um arquiteto da Vida”, Zanine obteve reconhecimento por sua versatilidade e talento como maquetista, urbanista e na criação de mobiliário. 

“Além das peças de Zanine, a mostra terá também mobiliário assinado pelo seu primogênito, Zanine Filho, contemplando assim duas gerações de talento”, antecipa Luiz Octávio.

Acervo e programação – Telas, esculturas, mobiliário, objetos, livros e papéis raros das mais diversas procedências e épocas proporcionam um recorte dos mais ecléticos e abrangentes para o Salão 2009, que deve contar com mais de 5 mil itens em exposição, segundo estimativa da organizadora, Vera Chaccur Chadad. Pelos stands e corredores do Salão, obras como “Paisagem com Figuras”, de Di Cavalcanti (1965) convivem harmoniosamente com fotografias de Pierre Verger; com o álbum ilustrado “São Paulo Antigo”, de 1860; uma releitura de Vik Muniz para a tela “Weeping Woman”, de Pablo Picasso; e uma pia batismal de origem portuguesa, da dinastia Filipina (1580-1640), dentre outros itens raros.

Nos dias 19, 20 e 21 de agosto, às 16h, ocorrem visitas monitoradas, com inscrições gratuitas, que podem ser efetuas através do e-mail:  Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.. A orientação será de Marina Chaccur, designer graduada pela Fundação Armando Álvares Penteado e pós-graduada pela London College of Communication. 

Completando a programação do Salão, a Dédalo, especializada em objetos de colecionismo, realiza dois leilões: no dia 21 de agosto, coloca em pregão jóias antigas, a partir das 20h30; já no dia 22, os lances se destinarão a relógios, às 18h. Como opção para o público feminino, o Salão também abriga oito stands de designers de jóias.

Para o crítico de arte Celso Fioravante, “a cada nova edição, o Salão de Arte provoca uma sensação rejuvenescedora, revelando a riqueza que a cultura brasileira pode nos proporcionar. O evento se destaca no circuito brasileiro não apenas para o mercado, mas também como produtor de cultura. É também fundamental para o desenvolvimento comercial e cultural de São Paulo e do Brasil”.

Ação social – Toda a renda obtida na noite de inauguração do Salão e na bilheteria – com ingressos a R$ 20 – será destinada à Associação de Assistência à Criança Cardíaca e à Transplantada do Coração – ACTC. 

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