IDENTIDADE

Dieta dos pontos, dieta da lua, dieta dos carboidratos, dieta, dieta e dieta... Já perceberam quantas vezes por dia pensamos nelas? E com que finalidade?
Contrariando a rotina, ontem domingo, assisti televisão, hábito que não tenho, e foi bastante interessante, pois três matérias que vi me fizeram repensar certos valores.
A primeira, uma propaganda de algum cosmético não me lembro mais a marca, mas sei que evidenciava a idade da mulher de uma maneira diferente, achei aquilo bárbaro, sim porque toda propaganda que vemos por aí de cremes anti-rugas são com meninas de vinte anos, por isso esta me chamou bastante a atenção, principalmente quando a modelo sugere que, o sacrifício pela beleza tem que ter objetivo, e evidencia ao final a sua idade com muito orgulho.
Achei aquilo um marketing excelente, logo depois durante o fantástico, uma reportagem com a Xuxa, achei incrível o que ela disse quando foi questionada sobre a sua idade, respondeu que os seus 44 anos pesavam para umas coisas sim, e para outras não, que ela acredita ainda ter muito que fazer com 44 anos, mas que sabia que muita coisa, já não conseguiria mais fazer naquela idade, e isso ela disse em uma forma leve e verdadeira, exatamente como eu penso.
Na finalização do programa, em uma homenagem póstuma a Paulo Autran, exibiram uma reportagem onde ele falava sobre a velhice... Foi lindo demais aquilo, dizia ele que quando jovem adorava dançar, mas que hoje em dia não podia nem sonhar em dançar, pois lhe faltava o ar, mas que Deus era tão bom, que com o passar do tempo ele havia deixado de gostar de dançar.
Fiquei pensando sobre tudo aquilo e analisando o tempo precioso que perdemos na vida atrás de manter uma juventude que não é eterna, e nem deve ser, os sacrifícios que fazemos para manter um corpo de garota, que não somos mais.
Identifiquei-me em uma resposta da Xuxa à repórter, dizendo que não malhava mais, pois de tanto fazer isso a vida inteira de forma incorreta, tinha duas hérnias, e eu, há pouco mais de quatro anos, fazia duas horas de academia por dia, e para que? Saúde? Mentira era, para tentar enganar o que eu não podia, o tempo, e sabe tudo o que consegui foi também uma bela hérnia de disco, que hoje me impede até de pegar os netos no colo, que pena na ânsia de manter esta falsa juventude, acabei me privando dos prazeres que a idade hoje estaria me proporcionando, como poder segurar uma criança no colo, sentar no chão para pintar com eles, correr atrás do cachorro, coisas assim normais, percebi que precisamos sim cuidar da saúde para termos mais tempo de brincar com nossos netos, mas que temos que brincar com eles como vovós que somos, e não como crianças que eles são.
Abaixo as dietas radicais e todas as outras besteiras de que não preciso.
Mais do que aprender, a maturidade deu-me sabedoria para ensinar.
Assim no meu último aniversário agosto passado, quando alguém me perguntava se estava ficando mais velha, eu respondia que não, que estava ficando mais sábia.
Meu nome é Cristiane Campos tenho 46 anos de identidade. 

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