A mensagem fria apagou de repente o meu SOL e mergulhada na escuridão, vejo ressurgir à minha mente, fantasmas guardados no baú do esquecimento.
Estou doente... Ontem doente do corpo, hoje doente de amor, ferida por palavras de dor, que dia a dia vai apagando a luz da minha existência.
O meu coração sangra como um borrão de tinta escarlate... Rolo na cama solitária, sussurrando palavras desconexas, sentindo saudade, frio, e em pensamento, junto os fragmentos dos nossos momentos, formando uma linda e aconchegante aquarela abstrata.
Assim, entendo que não sou um receptáculo para tanta escuridão e frieza, e busco na minha tristeza, o tom certo, para nos meus versos, apagar as cicatrizes que dilaceram a minha alma.
Em silêncio almejo socorro e muita é a vontade de desistir... A incerteza agoniza o meu espírito, o medo do porvir abala a minha confiança, e eu, que sempre fui criança, não tenho o aconchego do seu colo ou as falas da sua boca querida, para fazer ir embora à derrota e o sentimento de perda profunda.
Penso que a força está em quem sabe ceder, quem com voz suave conduz, pedi ajuda quando precisa, chora quando está triste e acredita nos sonhos, mesmo quando as fortes trovoadas anunciam a chegada de chuvas torrenciais.
Apaixonei-me numa quantidade que desconheço... Admito as minhas falhas e inseguranças, estou disposta a aprender e melhorar. Não acho ruim mudar, desde que se tenha um bom motivo fazê-lo, sem regras, sem ordem, se aproximando de cada momento, correndo todos os riscos para viver uma paixão.
No momento, sou uma prisioneira sem saída, torturada pela dívida, desse insensato coração, puro e cheio de emoção, que agora é Réu - confesso, e deseja os seus braços, que agora indiferente, prefere estar distante