A memória política de uma Nação tem que ficar registrada na sua História. A escravidão do negro no Brasil, coisa absurda, não ficou registrada nos anais da história brasileira? Por que tal condescendência com Collor de Mello? Por que tamanha exceção? Só porque elle hoje convive em harmonia com seus desafetos do passado? Ou porque houve receio do presidente do Senado a posterior manifestação do senador alagoano?
O senador José Sarney cometeu um grande erro ao omitir da história política brasileira um fato marcante, que deve ser de conhecimento de todos - crianças, jovens e velhos - em todos os tempos, como acontecimento para reflexão. Os subterfúgios da política não poderiam ser aplicados para omitir a fidedignidade da história dos vultos do Senado Federal.
Até para registrar a memória pura do estamento nacional se encontra um jeitinho especioso de ludibriar o povo brasileiro? Triste Brasil de políticos descomprometidos com a verdade, com o respeito e com a seriedade.
Parafraseando o grande poeta Olavo Bilac em "Ouvir Estrelas".
Tresloucado senhor Sarney! Certo perdeste o senso!
Mas, finalmente, o Sarney se remediou em tempo e, em entrevista ao Blog do Senado, desta terça-feira, 31, determinou que o painel sobre impeachment de Collor volte ao Túnel do Tempo.
Júlio César Cardoso
Bacharel em Direito e servidor federal aposentado
Balneário Camboriú-SC