Gravura: Habitantes Guayanas
autor: Giulio Ferrario (Milão/1827)
No século XVIII, um astrônomo português, em viagem de exploração pelo rio Tietê, se deparou com uma grande cordilheira, cujos reflexos da luz do sol lhe fizeram enxergar uma grande cidade, que ainda não existia.
Àquela região os índios guaianá, então seus habitantes, davam o nome de Aracoara (de ará, dia, e coara, toca ou morada).
E foi sob a denominação de Campos de Aracoara, ou Sertão de Aracoara, que entrou para a história a área que abrange desde a margem direita do rio Piracicaba até os confins do norte e oeste do Estado de São Paulo, incluindo os municípios de Araraquara, São Carlos e região.
Embora muito distante dos grandes centros urbanos da época, a região foi, por dois momentos, parte de uma rota estratégica, que acabou incentivando sua ocupação. Isso aconteceu pela primeira vez no início do século XVIII, quando foi descoberto ouro em Mato Grosso.
Bem mais tarde, no século XIX, por ocasião da Guerra do Paraguai (1864-1870), era um dos caminhos que levavam as tropas brasileiras ao Mato Grosso e, de lá, para as frentes de luta no Paraguai. Mas a conquista propriamente dita se deu com a tomada de posse das terras pelos brancos, entre eles Pedro José Neto, que, segundo os registros, parece ter sido o primeiro a se estabelecer na região, em 1790.
Esse processo de ocupação acontecia paralelamente ao sistema de distribuição legal de terras, as sesmarias, que teve início em 1811. Nessa época, a população local era constituída por 82 pessoas, que se dedicavam à criação de gado e à lavoura de subsistência.
Escravos, camaradas, agregados e os próprios proprietários das terras e suas famílias compunham a mão-de-obra. Assim, aqueles criadores de gado e plantadores de roça se tornaram o primeiro grupo dominante da região, que, de zona pastoril, se transformaria aos poucos em campos agrícolas, cujas principais culturas seriam de início a cana-de-açúcar, em seguida o café e, mais recentemente, a laranja e de novo a cana.
HINO
Araraquara, tu nasceste
de uma lenda e uma poesia
crença tupi que além das serras
surgindo o sol ali morava o dia
tendo por bandeira a lenda
aqui chegou, Pedro José Neto
sonhando ergueu a sua tenda
sob teu céu, o seu primeiro teto
Araraquara ensolarada
o sol é o teu coração
as tuas tardes são douradas
es meu querido torrão
Araraquara terra amada
Aracoara da língua tupi
tu és morada é manhã nascendo
nome acalento que foi dado a ti
Amo, meu berço Natal
Onde pisaram bravos bandeirantes
Eu canto as maravilhas tuas,
Legado eterno desses teus gigantes
Araraquara ensolarada
o sol é o teu coração
as tuas tardes são douradas
és meu querido torrão
Araraquara adorada
tu és morada e filha do sol
explendoroza é tua alvorada
e repousante o teu arrebol
Creio no teu bravo povo
no amanhã e na tua glória
teus jovens seguirão confiantes
novos gigantes desta tua história
Araraquara ensolarada
o sol é o teu coração
as tuas tardes são douradas
és meu querido torrão
Pecado
Pecado é morrer de medo
Isso me deixa louco
Não, eu não vou permitir
Meu coração estourar, de tanto sufoco
Eu vou me libertar, e viver
De tudo o que eu posso ser
Rasgado esteve meu coração
Mas agora, felicidade real eu desejo ter
Em parte do meu passado
Eu vivi como um palhaço
Jogado de lá para cá, sob terrível, repressão
A gora eu quero as minhas, idéias
E caminhar, guiado, pelo meu coração
Eu vou montar um projeto
De onde, ninguém, poderá escapar
Porque só terá um caminho a seguir:
O caminho de me amar
Eu sou um coração ardente
Apaixonado da vida
Vocês vão se apaixonar, pois, eu vou-me
Empenhar
Vocês não terão saída.
E só restará a vocês, gostarem muito de mim
Ficarem junto a mim, e me amar.
Bruno