Brasil de fora pra dentro... Pensamento do lamento... Desde os ciclos do açúcar e café, parece que pouco mudou nosso pensar... Acostumamos a pensar no que o mundo precisa naquele momento... E com nosso "jeitinho" despencamos no imediato, bom, bonito e barato... Diferentes dos clássicos, inda que bulionismo, de Portugal e Espanha, atropelados pela revolução industrial Inglesa e TGA Francesa e Americana... Reporto-me ao conceito exportador... Enquanto os desenvolvidos planejam seduzir o mundo, este flerta perigosamente - historicamente - primário conosco... Qual seja, transforma nossos produtos primários, revendendo-nos valor agregado, gerando simultaneamente: lucro infinitamente maior e dependência tecnológica... Primando assim, ou fincando assim, sete bandeiras no topo, talvez da Lua, quero crer... Em tempo não venham dizer-me que esqueci China e Índia, esta dos programadores eficientes e baratinhos, aquela diferente apenas no que tange ao macro metafórico da manufatura amplamente baratinha e sedução tributária. Temporal oportunidade para instalação de "fábricas pensadas" convenientemente... Em tempo, desconfigurando-se em novo cenário B2B & B2C, pois o éter INTERNET vem derretendo o satélite ortodoxo "base de cálculo, fato gerador e contribuinte", no virtual nobody is nobody... Sem latitute e longItude FISCAL! Beijo em novo sextante Paula Toller... Entendam que com a solidez do Euro, o Dólar de Marshall não ostenta mais em monopólio de escambo... Donde concluímos que o planejamento estratégico e as patentes sejam efetivamente PODER! Tordesilhas atuais...

Inspirei-me lendo o conceituado VALOR ECONÔMICO, em dia treze, próximo passado; matéria corajosa e competente de Sergio Lamucci: CINCO COMMODITIES GARANTEM 43% DA EXPORTAÇÃO DO BRASIL... O processo de concentração da pauta de exportações brasileiras em poucos produtos primários avança rapidamente. Em 2010 as vendas de cinco commodities - minério de ferro, petróleo em bruto, soja (grão, farelo e óleo), açúcar (bruto e refinado) e complexo carnes - responderam por 43,4% do valor total exportado pelo Brasil, uma fatia bastante superior aos 27% de 2004...

Penso que chegou hora de repensar nosso ensino técnico e universidades, volto a lembrar que nosso Brasil sozinho (1240 cursos), tem mais faculdades de direito que o mundo (1100) todo... Inclusive, de péssima qualidade, comprovada notoriamente pelas reprovações - já consideradas normais em nível 80% aproximadamente - da OAB, que graças a Deus ainda mantém-se firme em virtude... Sem falar dos outros cursos meramente arrecadadores, caso tivéssemos uma "OAB" para nossos médicos e engenheiros, teríamos igual desapontamento... Falsos sonhos vendidos aos nossos jovens, chegando agora ao estarrecedor - homologado pelo MEC - "supletivo" de dois anos para nível superior... Universidade que dá certo é seletiva, reduzida, serena em ambiente de pesquisa... Lembro - saudoso pedagógico - que a DEMOCRACIA desativou o ensino profissionalizante em nível médio instituído pelos militares... Agora temos FORMAÇÃO GERAL, perdão, mas não sei o que fabricar, ou empregar com formação geral... Ou acordamos para o fortalecimento de parcerias e transferência de tecnologia com os EUA, JAPÃO e EUROPA, de forma ampla; ou pensamos DESENVOLVIDOS ou jamais SEREMOS...

Nosso futuro depende diretamente da semeadura de agora, se plantarmos apenas vento eleitoreiro, colheremos tempestade derradeira... Contrariamente, em semearmos a dura virtude, outorgados seremos em porvir confortável de DESENVOLVIMENTO! Adeus colônia...

José Carlos Paiva Bruno
OABRJ 73304