De Tordesilhas até então, sempre sobrevivendo aos ventos, expansionistas, bulionistas, mercantilistas, neoliberais... Terra que "em se plantando tudo dá..." de Pero Vaz de Caminha a Casimiro de Abreu com sua "...da aurora da minha vida", do nosso sensacional D. Pedro II e o primeiro telefone instalado no planeta; do Getúlio Vargas e Manuel Bandeira, este da Estrela, aquele da CLT, ambos da vida inteira.
Ganhamos com a FEB, e nossa "tática de força total contra os tedescos", apregoada pelo General Mascarenhas de Moraes em Monte Castelo, e ocupamos Monte Cassino, nunca rendendo-nos um justo filme...
Do Machado de Assis e seu realismo "cada qual sabe amar a seu modo; o modo, pouco importa; o essencial é que saiba amar", ao venturoso Castro Alves em Navio Negreiro:
Esperai! Esperai! Deixai que eu beba
Esta selvagem, livre poesia
Orquestra - é o mar, que ruge pela proa,
E o vento, que nas cordas assobia...
Do Herói que nunca perdeu - somos os únicos no planeta - Luís Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias, que em certa feita, foi convidado a ser homenageado pela Câmara de Ouro preto, e declinando alegou: em minha vida toda nada fiz além do cumprimento do dever!
Do Barroco de Aleijadinho a inquietante perfeição de Heitor Villa-Lobos, aliás, professor de Tom Jobim, a quem Nelson Mota - e seu estilo incomparável - rendeu justa homenagem recentemente. Sem o qual nossa "Garota de Ipanema" inspiradora do mundo todo, não existiria...
O que não pode, Fabiana Karla, é tomar chope no barzinho rindo do fracasso do vizinho. Levar a vantagem do Vila Rica Gerson, incorporando o "a qualquer preço". Contra-valores inoculados, paciente novamente internado!
Gancho no parceiro do Tom, Vinícius de Moraes, que seja infinito enquanto dure...
E que nós todos façamos durar o suficiente...
José Carlos Paiva Bruno
OABRJ 73304