Nesta edição vamos dar algumas dicas sobre ADUBAÇÃO, tema bastante polêmico entre os cultivadores. O meu relato é sobre a experiência que tenho no trato com as minhas plantas, sem nenhum objetivo de esgotar esse assunto.
No habitat a orquídea é uma planta de crescimento lento, mas em perfeita sintonia com o meio, de onde extrai seus nutrientes. Em confinamento, elas dependem do orquidófilo para se desenvolverem. A adubação adequada e regular acelera esse processo, possibilita a floração e proporciona condições para que a orquídea reaja contra a ação de algumas doenças e pragas. Vale destacar que o adubo não é exatamente o “alimento” da orquídea visto que as plantas necessitam também da água, dióxido de carbono e energia solar para produzir açúcares, através da fotossíntese. Os adubos utilizados para as orquídeas têm a sigla NPK, dos macronutrientes essenciais; Nitrogênio (N), Fósforo (P) e Potássio (K), com suas respectivas porcentagens. O Magnésio, Cálcio e Enxofre, entram em menores quantidades, mas apenas um ou dois desses elementos, porque a formulação com todos é quimicamente incompatível, visto que o sulfato de cálcio não se dissolve e acaba se precipitando. Por isso alguns fabricantes produzem o CalMag separadamente. Nove elementos químicos atuam em quantidades bastante pequenas, são os micronutrientes essenciais: Boro, Cloro, Cobre, Ferro, Manganês, Molibdênio, Níquel, Sódio e o Zinco. Para ser considerado completo, o adubo deve conter macros e micros nutrientes. Adubos balanceados contêm a mesma proporção de elementos básicos NPK; 20-20-20, 10-10-10, etc... São os que eu utilizo, de 15 em 15 dias, em doses menores que a recomendada pelo fabricante. Meu amigo químico, Vicente Melo, recomenda os adubos sólidos a serem dissolvidos na água. Segundo ele, os adubos líquidos tendem a perder mais propriedades durante o seu manuseio. Alguns orquidófilos usam o 30-10-10 para acelerar o crescimento de seedlings e 15-30-15 para induzir a floração. Nunca utilize dosagem maior do que a especificada pelo fabricante, pois poderá ser letal. O ideal é fazer uso de uma mistura bem mais fraca, aplicada diariamente, particularmente nas vandáceas.
Por fim vale destacar que nem todos os adubos NPK são próprios para orquídeas, pois podem conter componentes secundários nocivos à planta. Adquira produtos específicos.
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EXPOSIÇÕES: As fotos da XVII Expo do Círculo Orquidófilo Maricaense – COMAR, já estão disponíveis para visitas em álbum específico no meu
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*Edson Cherem cultiva orquídeas no bairro Caxito, em Maricá-RJ