Políticos, violência, atentados, mentiras e aspirinas...

A cidade do Rio de Janeiro vive uma onda de ataques violentos, que alguns chamam de terroristas, e que o estado diz ser uma reação a instalação das Upps em favelas do estado. Estes ataques não são os primeiros a ocorrer na cidade. No ano de 2007, quando não havia Upps, vários ônibus foram incendiados, vários ataques violentos foram cometidos. Acho que o que faltou para o estado daquela vez foi uma boa desculpa, que, com a criação das Upps ficou tudo resolvido! Agora temos uma grande desculpa! Toda a violência é uma resposta ao nosso trabalho! É por causa das Upps nas favelas! Se todos fôssemos idiotas talvez, talvez, acreditássemos nestas mentiras.
Existem em torno de 500 favelas na cidade do Rio de Janeiro, e algo em torno de apenas 15 Upps. O efetivo da PM nestas favelas fica em torno de 2%. Acho que isto não é uma boa desculpa para tanta violência.
A violência na cidade do Rio não é de hoje. Quantos turistas vêm à cidade e retornam a seus países dentro de caixas de madeira? Quantas crianças são assassinadas todos os dias por sabe-se lá quem? Quantas pessoas morrem nas filas dos hospitais vítimas dos bandidos que roubam verba pública? São estes melhores que os traficantes das favelas?
Fico a me perguntar como estas coisas funcionam? Por que ocorrem?(apesar da declaração do secretário José Mariano Beltrame de que os motivos não importam). Vemos todos os dias na TV jornalistas declarando os números que circulam no meio do tráfico. São sempre milhões e milhões de reais e de dólares por conta da venda de drogas. Me pergunto se esse dinheiro fica lá, guardado nos barracos? Ou se não estaria em algum banco legal, que certamente é fiscalizado pelo banco Central. Onde fica esse dinheiro?
E as armas que chegam as favelas? De onde vêem? De outros países? De acordo com o ex-capitão do Bope, Rodrigo Pimentel não. Segundo ele, 80% das armas que chegam as favelas são provenientes do estado de São Paulo, de uma fábrica que lá existe. Por que não é feito nada?
Para responder a esta pergunta recomendo um filme chamado Canadian Bacon, ou toicinho canadense do polêmico Michael Moore. No filme, os americanos se encontram em paz, sem nenhuma guerra ocorrendo em nenhuma parte do mundo. Isto traz conseqüências gravíssimas para sua economia, que possui uma indústria de guerra em pleno vapor desde o início da segunda guerra mundial, e que prosseguiu com a guerra fria até o ano de 1991. Sem guerras esta indústria quebra! Para resolver este problema econômico, os americanos vão buscar "inimigos" para reerguer o país, e descobrem em seu vizinho, o Canadá, um inimigo cheio de desejos imperialistas e pronto a executar várias ações terroristas! Em resumo: é preciso manter uma política de medo para que se justifiquem gastos, para que algumas empresas se mantenham produtivas e a economia a pleno vapor. Muitos poderosos lucram bilhões de dólares com a violência. Banqueiros, políticos, indústrias farmacêuticas, montadoras de veículos. Muitos são os que riem e fazem festa com dinheiro proveniente da violência. Ela é a alegria de um bom número de parlamentares e de seus colaboradores de campanha em várias partes do mundo. Vocês devem se lembrar do caso da compra de caças para a força aérea brasileira pelo governo Lula. Foi aberta uma espécie de licitação, em que alguns países apresentaram seus aviões. Os técnicos da Aeronáutica entenderam que os caça da Suécia eram os melhores, além de serem mais baratos, e dos suecos garantirem o repasse da tecnologia de construção destes caças. Mas, sem entender nada de aviões, o presidente Lula disse que preferia os caças franceses. Parece confuso não? O motivo deste despautério é devido à empresa francesa fabricante dos aviões de guerra estar quebrada, dela ter financiado a campanha do Sarkozy a presidência da França e o mesmo prometer dar apoio a Lula na insistente idéia de conseguir uma cadeira no conselho de segurança da ONU.
Como todos podem ver se não houver violência, ou pelo menos a impressão de que esta existe, alguém pode perder muito dinheiro. Logo a divulgação de possíveis atos terroristas, de possíveis ataques da Al Kaida (acho que é assim que se escreve...) serão sempre necessários.
Garanto a vocês que existem muitas pessoas que estão rindo de toda esta onda de violência, e posso lhes garantir que não é nenhum traficante que mora nas favelas do Rio de Janeiro. Eu não entendo nada de bolsa de valores, mas sei que neste momento, as ações de empresas que fabricam armas no Brasil estão sendo muito valorizadas. E sei também que o povo dará seu aval para gastos bilionários em políticas de segurança pública, que são apenas ações momentâneas (apesar dos bilhões e bilhões gastos) e que não visam atacar a cerne dos problemas: a desigualdade social. Política de violência nunca resolverá o problema. Soldados na rua não resolvem o problema. A verdade é que o estado não quer resolver o problema. Está bom do jeito que está.
Assisti este mês ao filme tropa de elite II. Fiquei impressionado com a proximidade da realidade carioca. Não falo da violência e corrupção da polícia. Disso já estamos cansados. Falo do submundo do crime, que é freqüentado por aqueles que freqüentaram boas escolas, e que se dizem defensores da democracia e dos direitos do povo: sim. Nossos políticos. Qualquer semelhança com a realidade não é mera coincidência!
Infelizmente estamos sozinhos, e infelizmente, muito pouco nos é esclarecido. E eles, continuam a sorrir felizes, graças a todas as tragédias que em 99% dos casos só atingem a base da pirâmide: nós!
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