A fábrica de factóides instalada na rua Barão de Limeira gritou, esperneou e arrancou os cabelos, mas não conseguiu cumprir o prazo de entrega de uma encomenda importante.
Sua tentativa de escarafunchar o lixo ensanguentado da ditadura militar, para ver se encontrava algum trunfo que pudesse ser usado eleitoralmente contra Dilma Rousseff, deu com os burros n'água.
O Superior Tribunal Militar não julgou em tempo seu mandado de segurança para ter acesso a tal documentação sem valor jurídico (pois contaminada pela prática generalizada da tortura contra os acusados) nem histórico (pois se trata meramente da versão unilateral e falaciosa que o vencedor -- uma tirania -- apresentou, em detrimento dos vencidos -- os resistentes).
Inconformado, o jornal da ditabranda recorreu ao Supremo Tribunal Federal.
E levou mais um chute no traseiro: a ministra Carmen Lúcia negou o pedido, pois o STF não pode passar por cima do STM, pronunciando-se antes do término do julgamento noutra instância jurídica. Xeque mate.
Para não ficar mal com um grande jornal, ela lhe fez agrados retóricos, criticando a atuação do STM e da Advocacia Geral da União no caso.
É isto que a Folha destaca na sua notícia, não o fato de que nada obteve e saiu vexatoriamente com as mãos abanando.
Me engana que eu gosto.