Inconformada com a extinção da CPMF, não vê alternativa para a saúde pública senão criando novas fontes tributárias de recursos.
E disse: "Eu me estarreço pelo fato de que foi feita toda uma campanha pela extinção da CPMF. Não vi resultados práticos no bolso do consumidor". Ademais, tem o topete de pretender falar pelo bolso dos brasileiros.
A senhora Dilma Rousseff demonstra pragmatismo vulgar ao acenar com aumento de impostos para corrigir as defecções de qualidade da saúde pública nacional. Esta é a forma mais simples de governar: aumentando a carga tributaria. "É impossível ter melhoria na saúde no Brasil sem fazer composição nas fontes," disse. A senhora Dilma Rousseff deveria ficar estarrecida, não pela extinção legal da CPMF, mas pela forma ilegal e política de descumprimento do objetivo sagrado para o qual a contribuição foi criada. Se o total arrecadado tivesse sido aplicado integralmente no sistema público de saúde, não estaríamos agora presenciando um quadro delicado no atendimento da saúde publica brasileira.
Os governos Lula e FHC são responsáveis diretos pelo estado caótico de nosso sistema público de saúde. Ao consentirem, politicamente, que parte da arrecadação da CPMF fosse desviada para outras finalidades, indiscutivelmente cometeram irregularidade. Se isso tivesse ocorrido em um País sério, esses dirigentes seriam responsabilizados judicialmente. Mas aqui os políticos fazem o que bem entendem.Se o nosso STF não fosse político, essas coisas não aconteceriam.
Se a senhora Dilma Rousseff, em sua passagem pela Casa Civil, não teve a coragem de dizer ao presidente que o desvio de finalidade da CPMF era ilegal, é porque compactuou com uma ilegalidade. Logo, não pode agora vir fazer média para se dizer preocupada com os rumos da saúde pública brasileira. Vão de mal a pior os pretendentes ao Planalto. Outro dia, foi a pré-candidata do PV, Marina Silva, que chamou de benesse pública o reajuste dos aposentados. Agora, é a pré-candidata do PT que fala em aumentar impostos para resolver a questão da saúde pública brasileira.
Julio César Cardoso
Bacharel em Direito e servidor federal aposentado
Balneário Camboriú-SC