BRASIL: UMA GUERRA ANUNCIADA

A CENSURA DA IMPRENSA É O ESTOPIM DA NOVA DITADURA

A hilariante revolução de 1964, realizada na base do grito, colocou no poder uma trupe de militares transformados em governantes.

Da inexperiência dos ditadores surgiu o acesso dos oportunistas investidos das atribuições de conselheiros no planejamento e na implantação de uma nova República.

No transcorrer da ditadura ficou provado que os vírus que impulsionam as ambições e animalizam os seres humanos, deformam o caráter e provocam distúrbios da personalidade, não se limitavam a atacar somente a população civil, e que a imunidade dos militares era apenas uma lenda.

O poder nunca na história foi tão negociado (fala companheiro Lula), sentados a mesma mesa os da esquerda, do centro e da direita. Como quem tem mais pode mais, o capital falou mais alto e foi generoso na divisão do bolo, incluindo o perdão dos renegados, uma demonstração clara de paz geral e irrestrita.

Quase esqueci dos excluídos, os revolucionários de caras pintadas, que aceitaram entusiasmados o papel de figurantes na encenação de uma vitória do povo e pelo povo.

Uma coisa sempre me intrigou no movimento das diretas já. Não se tratava de uma final da Copa do Mundo tendo o Brasil como finalista, nem de um desfile de escolas de samba do Rio de Janeiro disputando um campeonato.

Que razões então foram responsáveis pela centena de milhares de brasileiros comparecendo aos comícios armados pelos líderes do movimento?

Muito mais intrigante foi a estratégia militar utilizada na condução dos figurantes aos locais dos eventos. Existiam áreas de estacionamento previamente demarcadas para ônibus fretados, orientadores de trânsito, aparelhos comunicadores para uso do pessoal de apoio, dezenas de seguranças da central de organização infiltrados no meio da multidão, sofisticada montagem de serviços de sonorização, claques treinadas para puxar palavras de ordem e pedir aplausos para oradores.

O movimento das Diretas Já foi o maior espetáculo teatral montado a céu aberto já visto no mundo em todos os tempos.

Resta por último descobrir quem financiou os eventos.

Deixando essa história de lado, passemos aos fatos. Tancredo na presidência fazia parte das negociações. Sarney na vice também. Um “nó nas tripas” até hoje bastante duvidoso exigiu grandes mudanças no planejamento. Ainda não descobrimos como misturar água e óleo.

Os credores da nova República ávidos em recuperar as suas perdas dos anos de ditadura não perderam tempo. Serviram-se todos das chaves do erário.

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