PMDB quer que Funke acione MP contra PT

Na semana passada, além de toda a questão nacional envolvendo a famigerada emenda Ibsen, que tira do Rio de Janeiro os royalties do petróleo gerando uma perda anual de cerca de R$ 5 bilhões, uma denúncia feita em plenário por Danilo Funke (PT) também movimentou bastante o cenário político macaense.

E a questão, pelo visto, deve dar ainda pano para manga nos próximos dias.

O parlamentar, durante um de seus discursos, enfatizou que na eleição do diretório do PT, teria havido compra de votos, usando como moeda a promessa de nomeação na estrutura que medalhões do partido comandam no governo municipal. O vereador chegou a dizer que tem como provar de qual secretaria partiriam os DAS 2 que foram usados para ajudar a garantir a vitória de Guto Garcia.

Nesta terça-feira, 16, o líder do PMDB na Câmara, Gilso Machado, apresentou requerimento à mesa diretora solicitando que o Legislativo tome providências quanto às denúncias. O parlamentar também solicitou que Funke ingresse no Ministério Público para averiguar o caso e punir os responsáveis. “Acho que o caso deveria chegar ao conhecimento de outras instâncias do partido”, disse Machado.

O pronunciamento acabou desencadeando outros discursos. Júlio César de Barros (PMDB), por exemplo, disse não entender a situação. Para ele, a atual militância do PT não se parece nem de longe com a trajetória política de algumas figuras históricas do partido na cidade.                

Julinho foi além e disse que a situação de algumas escolas é caótica. O peemedebista fez questão de lembrar que Educação e outras 3 secretarias são comandadas pelo PT.

Carlos Emir Jr. (PPS) engrossou o coro dos descontentes e argumentou ser incoerente o diretório local do PT apontar Funke como líder da bancada na Câmara, o que teria ocorrido durante a posse da nova diretoria da legenda há cerca de 10 dias, e o parlamentar insistir em se declarar de oposição ao governo municipal, fazendo críticas abertas e votando contra matérias do Executivo.

“O presidente do PT é um secretário municipal (Ciência e Tecnologia) e indicou o vereador a ser líder da bancada do partido na Câmara. Só que em plenário, o vereador é oposição ao governo que seu partido integra”, discursou Carlos Emir, arrancando aplausos do público que acompanhava a sessão. Danilo, desta vez, preferiu o silêncio.
               
 

http://www.jornalorebate.com.br/213/almir.jpg*jornalista – militante da corrente intra PT, Esquerda Marxista é membro do diretório municipal petista em Macaé. 
        

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