A informação oficial é a de que andou visitando fronteiras como a do Líbano, onde se concentra o grupo xiita libanês Hezbollah – literalmente Partido de Deus, uma das mais bem armadas, preparadas e motivadas forças militares do mundo árabe. Afirma-se que conta com um arsenal de 40 mil mísseis, parte dos quais podendo alcançar Tel Aviv, principal cidade de Israel.
Jerusalém nunca é citada, pois é sagrada aos muçulmanos por nela estar localizada a Mesquita de al-Aqsa, o terceira local mais sagrado do Islã, depois de Meca e Medina, ambos na Arábia Saudita. Traduzo da nota do Washington Post: “Visitar o radar X-Band que os EUA situaram no deserto do Neguev, em Israel, em 2008, operado por soldados americanos do Comando Europeu (EUCOM).” Logo equipamento superssecreto.
O New York Times afirma que os EUA estão apressando o deslocamento de navios especiais para águas internacionais próximas do Irã. E deslocam sistemas de baterias antimísseis para no mínimo quatro países árabes.
Isso ocorre como parte da tática americana que “objetiva obter o mais amplo consenso possível na aprovação de duras sanções contra as Guardas Revolucionárias que, insistem nações ocidentais, escondem o programa de armas nucleares do Irã”.
Óbvio é que além de parte da tática de pressionar o Irã para desistir do projeto atômico, tudo foi divulgado para lembrar que o Irã, ao contrário do que afirma, não é nem será a maior potência do Oriente Médio. De Dubai chega a informação de que os americanos trabalham na maior discrição com a Arábia Saudita num programa para apressar venda e entrega de novas e poderosas armas aos países do Golfo Pérsico, a grande fonte de petróleo vital à economia do mundo industrializado.
Destaca-se que vai sendo instalada uma coordenação sem precedentes das defesas aéreas e militares daqueles países com as forças americanas na área.
Fontes militares afirmam que os países do Golfo estão disparando o sinal de alerta ao Irã. Em outras palavras: que repense seus planos. Navios especiais, por exemplo, só podem ser navios com superpoderes. Os países árabes, com a exceção do Iraque, são majoritariamente sunita. O Irã, além de xiita, é persa.
O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadenijad, afirmou há dias que o Oriente Médio é a região mais importante do mundo. E persiste em suas atitudes de desafio aos EUA e outros países. Por exemplo, indicando que pode comandar seus aliados e protegidos – o Hezbollah na fronteira norte de Israel e o Hamas na Faixa de Gaza, ao sul, também supostamente bem armado com mísseis – a iniciar uma guerra. Seria para aliviar as pressões que se exerce sobre o Irã.
Notem bem. Tais informações, divulgadas pelos mais influentes veículos de comunicação americanos, são do tipo que jamais são divulgadas pela competência de repórteres. Foram propositalmente reveladas a veículos e jornalistas escolhidos pelo governo americano. O Irã preocupa demais.