O Big Brother Brasil, hoje na sua versão mais promíscua, representa o mundo contemporâneo da nudez explícita, da apelação desmedida ao sexo e vitrine de exposição pública carnal de seus participantes do mesmo ou de sexos diferentes.
Estamos atravessando um período delicado com a revolução dos valores éticos e morais. Parece que o mundo perdeu as suas referências positivas comportamentais. Tudo tem girado em torno do super ego das pessoas: eu sou mais, tenho isto e aquilo, moro num condomínio de luxo, tenho o carro da marca X, sou bem remunerado, sou superior, quero ser uma celebridade e outras idiotices. Mas se esquecem de que todos são iguais, vão morrer um dia, e que daqui nada levarão.
Não podemos discutir o gosto de cada um. Se ainda existe o Big Brother é porque o programa atende à sua clientela e aos seus patrocinadores. Mas já está na hora de a televisão nacional se preocupar mais com o nível cultural de seus programas de entretenimento. Ficar mostrando a intimidade explícita de um bando de aventureiros ávidos pelas luzes da ribalta do estrelato para depois ser convidado a posar em revistas de apelo sexual masculino ou feminino, não é produzir cultura e divertimento saudável a ninguém.
Julio César Cardoso
Bacharel em Direito e servidor federal aposentado
Balneário Camboriú-SC