Eleições no Chile agitam o país no próximo dia 17 de janeiro

Direita deve ganhar o pleito, especula  imprensa chilena.

Cerca de 9 milhões de eleitores chilenos deverão voltar às urnas no próximo dia 17 de janeiro para decidir quem será o novo Presidente do país em segunda volta. No primeiro turno foram eliminados os candidatos independentes Marco Enriquez Ominami(14%) e Jorge Arrate, da extrema esquerda, que obteve 5% das intenções de voto.

Direita deve ganhar o pleito, especula  imprensa chilena.

Saiba quem são os candidatos:

Eduardo Frei

Engenheiro hidráulico formado pela Universidade do Chile.Fez especialização em Gestão e Administração técnica na Italia,é também empresário,mas seus negócios são bem mais discretos.É filho de ex-presidente do Chile que também levava seu nome.
Já foi Presidente do Chile na década dos 90.
É casado e tem quatro filhas, heterosexual.
Partido político: Democracia Cristã (Concertación)

Sebastian Piñera

Economista - Empresário - Professor, formado pela PUC-Chile e um dos homens mais ricos do país, dono de canais de televisão, rádios, jornais, times de futebol, companhias aéreas.
Viveu um tempo considerável no exterior. Fala inglês e francês fluente e arranha outros idiomas. Foi um dos tantos colaboradores do General Pinochet. É um liberal na economia e fundamenta sua visão nos chamados “Chicago boys”(vertente da economia norteamericana onde o mercado tem vida própria).
Fez mestrado e doutorado em economia em Harvard. É casado e tem 3 filhos, heterosexual.
Partido político: Renovação Nacional (aliança por Chile)

Cerca de 9 milhões de eleitores chilenos deverão voltar às urnas no próximo dia 17 de janeiro para decidir quem será o novo Presidente do país em segunda volta. No primeiro turno foram eliminados os candidatos independentes Marco Enriquez Ominami(14%) e Jorge Arrate, da extrema esquerda, que obteve 5% das intenções de voto.

Os institutos de pesquisa e a imprensa chilena, relatam que a chamada centro direita, deverá ser eleita para governar o Chile através do seu candidato Sebastião Piñera, um homem rico e antigo filhote da ditadura do general Pinochet.

No outro extremo, os partidos de esquerda que governam o Chile faz 20 anos (a chamada Concertación) trabalham intensamente para tentar conseguir os votos dos indecisos e dos que votaram em branco ,mas ao que parece, isto não está sendo nada fácil.

Escândalos de corrupção, nepotismo, falta de transparência, desvios de verbas públicas,,favorecimento ilícito;  tem abalado a estrutura de poder dos partidos de esquerda através desses 20 anos ,isto explicaria o grande rechaço dos votantes nessas eleições pelo candidato de esquerda Eduardo Frei, homem comentado por muitos como sem carisma e gestor medíocre.

Enquanto para Eduardo Frei as coisas não estão tão boas, para a Presidenta atual do Chile Michele Bachelet, parece estar diferente; ela demonstra uma popularidade que chega a 75%; mas até o presente momento, ela não tem conseguido transferir mais do que meia dúzia de votos para seu candidato Eduardo Frei.

Enquanto isso o candidato à Presidente da “Alianza por Chile” Sebastião Piñera , promete um país mais justo e equânime com aquela velha ladainha que a gente ouve com certa freqüência nessa terrinha verde amarela:

Mais saúde! mais educação! mais justiça social! E  blá  blá  blá.

O que impulsiona o Piñera é o fato de ser um mega empresário com uma boa formação acadêmica e investimentos em toda América do sul, além de ser um marketeiro de primeira linha.

Ele fala bonito, promete progresso, desenvolvimento para o país e justiça social. É tudo o que as pessoas querem ouvir.

É verdade que o país melhorou bastante nesses 20 anos de governança da esquerda, mas ainda persiste muita desigualdade e pobreza. No entanto, o que mais incomoda os chilenos, é o fato da corrupção e os conchavos políticos passarem a ser quase que o pão nosso de cada dia, e o Congresso Nacional, se converter  de uma hora para outra, quase num bordel classe A para todo tipo de negociações.

Alguns chilenos comentam que agora não serão mais roubados por amadores, senão que por um especialista profissional com mestrado e doutorado em economia na Universidade de Harvard, caso Piñera seja eleito o novo Presidente do Chile.

Tudo indica que vão mesmo. É esperar para ver.

Gilberto, chileno, residente no Brasil e um observador da política latinoamericana.(Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.)

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