O documento, divulgado na COP 15, aponta a existência de de 2,6 milhões de empregos verdes e a transição do País para uma economia que contemplete menores emissões desses gases. As categorias com as quais a OIT trabalha para situar os novos postos de trabalho são: Produção e manejo florestal; geração e distribuição de energias renováveis; saneamento, gestão de resíduos e de riscos ambientais; manutenção, reparação e recuperação de produtos e materiais; transportes coletivos alternativos ao rodoviário e aeroviário; e telecomunicações e teleatendimento.
O mapa do trabalho é uma das grandes exigências nessa discussão que parte do mundo sinaliza disposição em travar. Populações famintas, contingentes de pessoas desempregadas, subempregadas, um modelo econômico e de desenvolvimento cujo êxito está na exploração total dos recursos da natureza são parte de um quadro cujo poder de letalidade é enorme. Se tais questões não se tornarem parte essencial das medidas que ora são ensaiadas, a humanidade sofrerá consequências extremamente danosas a ela própria.
A responsabilidade brasileira nessa área é gigantesca. O País tem um papel de liderança que o força a ter maior sensibilidade e cuidado quanto à política de desenvolvimento a ser defendida interna e externamente. Detentor da região de maior biodiversidade do planeta e também cobiçada pela reserva de água doce que ostenta, o Brasil precisa consolidar a base ora criada para um desenvolvimento que contemple a cultura da sustentabilidade. Nesse sentido, uma série de problemas precisam ser enfrentados ainda na esfera da atenção básica às pessoas. O déficit na Saúde, na Educação, na Moradia, na Cultura é arma que trabalha contra a mais elementar noção de sustentabilidade e de conservação dos recursos naturais para que possa atender, sem exaurir, às necessidades das populações.