O problema do Maranhão e de outros Estados similares está relacionado à falta de implementação de mudança comportamental e cultural de natureza política. Enquanto não forem combatidos os velhos vícios que locupletam políticos oportunistas e venais, não sobrará dinheiro para investimento social e cultural.
Não é através da fragmentação estadual visando à emancipação política de algumas cidades com nova roupagem de ente federativo que esses municípios crescerão. Mas mudando o perfil estadual de políticas públicas com a participação substantiva da sociedade organizada.
O povo não pode permitir que o engodo de interesses políticos tente direcioná-lo a este ou àquele lugar. Quanto custa a criação de um novo Estado federativo? O Brasil não resolve os seus graves problemas sociais, pela incompetência de nossos políticos, e ainda querem "brincar" fundando novo Estado?
Estados como o Maranhão precisam sepultar a sua forma viciada de eleger velhos e ladravazes dirigentes políticos e que até hoje só se locupletaram em detrimento da pobreza estadual. Cabe, portanto, à sociedade maranhense selecionar melhor os seus políticos para que o Estado cresça em riqueza, cultura e política, sem a necessidade de se fragmentar para atender aos apelos de ambiciosos políticos.
Julio César Cardoso
Bacharel em Direito e servidor federal aposentado
Balneário Camboriú-SC