Como o presidente Lula estava acostumado a conviver na vida sindical, onde com as suas bravatas falava o que queria contra todos os governos, inclusive enganando os incautos brasileiros de que seria a solução para os crônicos problemas nacionais, agora sob a vigilância de regras constitucionais se vê tolhido de implementar a sua maneira de agir. Por isso, cospe fogo declarando que encontra dificuldade para governar ao não poder chancelar obras governamentais para a sua vitrine política, chegando ao ridículo de desqualificar a autoridade de um funcionário público de quarto escalão que - por erro ou má fé - tenha causado a paralisação de uma construção.
Ao afirmar, durante a cerimônia de posse do novo advogado-geral da União, que o país está "travado" por órgãos de fiscalização, ele deveria saber que preside uma Nação constituída por regras constitucionais. E que a Constituição brasileira ainda não foi alterada para satisfazer o seu sabor político. Talvez insinue ou tenha inveja da forma dissimulada ditatorial de seu amigo Hugo Chávez, que manipula a Constituição venezuelana ao seu modo de governar.
Lula sugeriu que fosse instituído um comitê ou câmara "inatacável", para decidir sobre paralisação de obras públicas de seu governo. Bem, o que ele deseja mesmo é que a "competente" companheirada do PT assumisse esse posto para, à revelia legal, dar andamento a seu projeto expositivo político de inaugurar obras, visando fortalecer a candidatura da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, à Presidência da República.
Julio César Cardoso
Bacharel em Direito e servidor federal aposentado
Balneário Camboriú-SC