Esta semana estava lembrando dos Dinossauros Peludos, isso mesmo,
aqueles que habitavam as terras brasileiras há uns 500 anos atrás, até
pouco tempo algumas tribos indígenas contavam aos seus descendentes
sobre estes estranhos habitantes de nossa terra. Infelizmente esta
pobre espécie rara e jurássica não sobreviveu as doenças trazidas pelos
portugueses. O mais interessante nisso tudo é como nossos colonizadores
conseguiram manter em sigilo tudo isso e ainda sumir com qualquer
vestígio destes animais.
Dizem que algumas pessoas durante muito tempo usaram as unhas destas pobres vítimas, alguns Chamans indígenas, diziam que protegia contra espíritos ruins, muitos dançaram ao redor de fogueiras trepidantes e embebedando-se com o sangue deles misturado com álcool invocando divindades das trevas, em troca de fama e riquezas. Uma vez um senhor muito idoso descendente de índios me contou uma anedota enquanto fumava um cigarro de fumo de rolo: que a muito, muito tempo atrás, uma criança de sua tribo se perdeu na floresta da Rainha Pitada, ele era muito novo e apesar de ser esperto não conhecia a mata fechada, a noite caiu, e a luz da lua tentava penetrar no emaranhado de folhas e galhos, uma neblina misturava-se a fuligem das arvores, o garoto sentia frio e estava com fome, caminhava perdido, e as vezes se cortava nos galhos das arvores, o cheiro de seu sangue se espalhou pela floresta despertando o faro da Rainha Pintada e seu bando, que logo tratou de se apresentar ao garoto e leva-lo ao covil da Rainha. O velho deu uma pitada no cigarro e continuou me contando que a rainha cheirou o garoto de cima a baixo e lambeu beiços imaginando o quanto macia e suculenta era sua carne. Eles o soltaram numa clareira, a rainha queria saciar seu desejo de crueldade. Seus súditos se deliciavam com a sena do garoto correndo das garras da rainha, ela se cansou, resolveu devora-lo e saltou contra a pobre criança abrindo sua boca com caninos enormes, neste momento algo golpeou a Rainha Pintada dilacerandu-a em pedaços, todo o bando sucumbiu naquela noite, contou o velho envolto na fumaça. Na manhã seguinte encontraram o indiozinho e ao seu redor pedaços de carne pelos e sangue. O velho me disse que alguns acreditam, que a vida da criança foi salva por um dinossauro peludo, mas ninguém sabe por que o indiozinho foi poupada por ele.