Jornalistas, obrigatoriedade de diploma universitário versus consciência & independência de classe!

A derrubada da obrigatoriedade de diploma universitário para o exercício da profissão de jornalista imposta pelo Supremo Tribunal Federal (STF) possibilita o bom combate de idéias. Afinal, há jornalistas que pensam, se organizam e agem como trabalhadores. Porém, há jornalistas que fazem isso tudo, só que como patrões (exploradores, opressores, capitalistas). Estes, que já tem o poder político estruturado no valor financeiro-econômico, estão organizados unificada e nacionalmente. Para tanto, nem foi preciso provocar, denominando-as ‘sindicato’. São poderosas Associações, a Nacional de Jornais e revistas (ANJ) e duas brasileiras, a de Emissoras de Rádio e Televisão (ABERT) e a de Imprensa (ABI) onde também são eles que mandam.

Daí, tanto nos meios de comunicação social quanto nas indústrias gráficas os patrões ‘estão com tudo e não estão prosas’. Então, nós os trabalhadores devemos seguir o exemplo deles, com a exceção já citada de que não pode ser uma associação, pelo exemplo da ABI. Isto é, nessa entidade estando lado-a-lado, trabalhadores e patrões; os trabalhadores por não ter a força da organização sindical, acabam pensando e agindo como os patrões com os quais, estão associativamente conciliados. O mesmo ocorre nas associações do gênero nos âmbitos estadual, regional e municipal. Para nós os trabalhadores somente a organização sindical funciona como instrumento de luta. Haja vista, os valores imprescindíveis de nossa consciência e nossa independência de classe.

Assim, a derrubada da obrigatoriedade de diploma universitário para o exercício da profissão de jornalista imposta pelo STF se trata da célebre frase do genial filósofo Karl Marx (1818-1883) ‘A história se repete como farsa, tragédia ou ambas’. Em outras palavras, em 1969 quando a profissão de jornalista foi regulamentada, também foi imposta de cima para baixo pelos ‘gorilas’ da ditadura militar-fascista (1964-1985). Ocorre que o propósito do regime de arbítrio foi duplo, maquiavélico. Ou seja, ao mesmo tempo atendeu à histórica reivindicação da categoria, impondo igualmente um currículo universitário sob controle, isto é, antididático e antipedagógico. Tanto à época quanto agora se constata corporativismo na categoria dos jornalistas.

Nos anos de chumbo isso se deu através dos valores intrínsecos ao corporativismo que são o elitismo e o oportunismo, pois, os formandos se equivocaram ao considerar que levariam vantagem, tendo o privilégio da reserva de mercado, pelo simples fato de terem diplomas universitários. Agora, o corporativismo da categoria dos jornalistas encontra-se agravado pela burocratização sindical em nível nacional, ou seja, pela Federação Nacional dos Jornalistas a maior opositora da unificação sindical entre os trabalhadores das indústrias gráficas com os das empresas de comunicação social. Haja vista o exemplo de unificação nacional dado pelos patrões. Por isso propugno a organização de um sindicato único nacional representativo dos dois ramos de trabalhadores.

Por fim, quanto à formação, ao treinamento e a capacitação nos dois mencionados ramos de trabalhadores (jornalistas, radialistas, gráficos, etc), ou seja, quanto à educação que seja permanente, otimizada e universalizada, isto é, que seja pública, gratuita e de excelência na qualidade para todos e todas.

*jornalista – é fundador da Associação dos Trabalhadores em meios de Comunicação social de Macaé (ATRACOM).
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