Eles acham que podem tudo

A cultura política brasileira precisa ser mudada. A falta de seriedade da maioria de nossos políticos afronta a racionabilidade, o equilíbrio e o respeito pelas coisas públicas. Um dos maiores ralos por onde escoa o dinheiro público, que deveria ser aplicado no social, chama-se manutenção do inchado e inoperante Parlamento brasileiro, repleto de párias que não fazem nada.
Só estão na vida política para gozar as benesses e os cabides de emprego públicos, bem como para participar das falcatruas. Confundem o público com o privado. E acham que podem meter a mão no erário para satisfazer as suas safadezas e sujeiras. Para combater esse quadro deformado da imagem parlamentar brasileira, dever-se-ia dar uma resposta magnânima nas urnas não votando em nenhum candidato até que fosse realizada uma grande reforma política para mudar radicalmente o sistema vigente. Infelizmente, temos um Legislativo distanciado do povo, o qual não tem poder para interferir diretamente nas decisões do Congresso. E se não mudarem as atuais regras políticas, o quadro só tende a se agravar.
Portanto, uma nova visão política é necessária para resgatar os valores éticos e morais da República, pois a pobreza da qualidade moral dos políticos é tão sintomática que fica refletida, por exemplo, no falso entendimento de que as cotas de passagens aéreas, pagas com dinheiro público, eram consideradas como "algo pessoal". E outros ainda ironizam como o deputado Sílvio Costa (PMN-PE) que disse: "Quer dizer que agora eu venho para Brasília e minha mulher fica lá? Assim vocês querem que eu me separe". Eh! a falta de respeito e seriedade de nossos parlamentares é um caso sério.
Tudo isso faz parte do tecido podre da política corrupta brasileira. E vejam o procedimento do deputado Eugênio Rabelo (PP-CE): não teve nenhuma parcimônia com o dinheiro público para gastar com passagens aéreas com o seu time de futebol, o Ceará Sporting Club. Pois bem, o deputado cearense se fosse responsável, antes de ceder passagens aos amigos, deveria ter pensado em seus irmãos (da terra) miseráveis, esfomeados e sem teto, que não podem viajar sequer de "pau-de-arara" para lugar nenhum. Mas em época de eleição, certamente, "Sua Excelência" sabe bater à porta desses descamisados para pedir votos, não é mesmo?
Infelizmente, não temos um sistema político com princípios de democracia direta e semidireta para dar ao povo poder de limpar o Parlamento brasileiro. A nossa omissão ou silêncio só favorece a trajetória dos políticos. Portanto, vamos exigir deles mais respeito com o País.


Julio César Cardoso
Bacharel em Direito e servidor federal aposentado
Balneário Camboriú-SC


publicidade
publicidade
Crochelandia

Blogs dos Colunistas

-
Ana
Kaye
Rio de Janeiro
-
Andrei
Bastos
Rio de Janeiro - RJ
-
Carolina
Faria
São Paulo - SP
-
Celso
Lungaretti
São Paulo - SP
-
Cristiane
Visentin

Nova Iorque - USA
-
Daniele
Rodrigues

Macaé - RJ
-
Denise
Dalmacchio
Vila Velha - ES
-
Doroty
Dimolitsas
Sena Madureira - AC
-
Eduardo
Ritter

Porto Alegre - RS
.
Elisio
Peixoto

São Caetano do Sul - SP
.
Francisco
Castro

Barueri - SP
.
Jaqueline
Serávia

Rio das Ostras - RJ
.
Jorge
Hori
São Paulo - SP
.
Jorge
Hessen
Brasília - DF
.
José
Milbs
Macaé - RJ
.
Lourdes
Limeira

João Pessoa - PB
.
Luiz Zatar
Tabajara

Niterói - RJ
.
Marcelo
Sguassabia

Campinas - SP
.
Marta
Peres

Minas Gerais
.
Miriam
Zelikowski

São Paulo - SP
.
Monica
Braga

Macaé - RJ
roney
Roney
Moraes

Cachoeiro - ES
roney
Sandra
Almeida

Cacoal - RO
roney
Soninha
Porto

Cruz Alta - RS