Os barulhos poluídos dos carros furiosos batem e balançam o vidro da janela do quarto. O ar está ruim pra respirar. A porta me julga. Estou invadindo um mundo a que não pertenço. Barulho é barulho, música é amor, um derramamento do amor que transborda, pois não se tem vontade de cantar quando triste ou chorando. O canto é um lampejo de felicidade, alegria ou um sofrimento sublimado como a música "Flor de Liz" do Djavan. É a vida mostrando sua força de expressão. É mais que estar vivo, é estar vivo alegremente. Passarinho triste não canta!
A música parece representar a sobrevida, o estar vivo com prazer, o aproveitamento da vida. É preciso maturidade para se deixar cantar. Crianças cantam, porém não pensam muito. Quando crescem geralmente páram de cantar. Adultos reaprendem a perceber o mundo através da arte. Quem não presta atenção às sutilezas da vida, perde a melhor parte. A maior beleza não está no extraordinário, está no ordinário. Pegadinhas da vida! ...
O poder do sorriso autêntico
Ser feliz não é ter tudo que se quer
Não é ser tudo o que se desejaria ser .
Não é fazer tudo que gostaria de poder fazer.
Ser feliz é aceitar as piores situações
Armado com o que há de mais eficaz
contra negatividades de outrem,
sentindo sair de dentro de si,
espontaneamente e sinseramente
a arma mor do sorriso verdadeiro,
não forçado. Aquele que te lembra
as crianças brincando na lama suja e feia,
mas com essa arma estampada no rosto
e transmitindo a paz em seu coração.
Essa arma que desarma qualquer
pensamento negativo que poderiam lhe endereçar.
Essa arma também é o próprio escudo construído
com a força da mente e do coração,
servindo como divino instrumento, presente
nas criancinhas, independente das circunstâncias;
e repassando a pureza e inocência alegre
com seus belos e banguelos sorrisos,
ainda que no meio da lama e do lodo.
Assim como aprendi com um monge:
- o diamante que ficou perdido por um tempo na lama
não deixou de ser diamante por isso...
Retrato do espírito
Névoa esbranquiçada do descanso passageiro
Cheirando a alma levada pelo vento corriqueiro
Povoa o deserto escurecido dos ardentes olhos
Provocando balbúrdia dos sentidos e internos órgãos
No vagar de frases imagísticas de cunho onírico
Pelo universo ilógico do sonho satírico
Dançam as emoções indiscretas do desatino
Pelo percurso poético de humor mais fino
Escalada silenciosa dos arrepios vivos
Ligeira história que constituiu o ser cativo
Abrindo brechas no grave lençol do momento presente
Irrompendo queixumes do flanco que sente
Mendigando sorrisos das almas que passam
Com a deprecação concisa nos moles lábios
Sustenta um organismo com pão de esperança
Medíocre temor do mais além da andança
grito ou pinto
Munch
E o instinto não abandonou o personagem, naquele tom conquistador, suportado por todo o brilhantismo que mascara o caráter devastador.
Cores, formas, transformações... Infinitas nuances, quantas visões diversas de mundo, combinações das ênfases... Quantas são as ligações dos genes; e os ângulos emergentes...
Sonho, devaneio, ilusão? Este quantum de carne, ossos, pêlos, sensações, que de modo involuntário, interagem com emoções?
Se a grande margem do oceano, em seu pequeno movimento de todo ano, arrastasse-me ao grande fado, que sentido faz pastar neste pequeno prado?
Desventura insólita acomete sem predição, suprimindo qualquer pretensa esperança de ajuda. Todos os pontos de apoio dissolvem-se como gelatina na água, nem uma fina ponta a se agarrar no desespero por respirar.
Ainda diz-se justa tal vida terrena, atos e reações. Só se for fora do alcance da vista, do olfato, do tato.
Só vê-se sangue, miséria, fome, desemprego, drogas e droga de dor. Se o colchão pudesse ser confortável o suficiente para que nada o atingisse...
Privacidade na internet
Um casal em Pittsburgh cujo advogado reclamou que a visão das ruas pelo Google Maps é uma invasão ousada e imprudente de privacidade e perdeu o caso na 'justiça'.
Aaron and Christine Boring processaram a Internet, alegando que o Google "desrespeitou de forma significante seus interesses privados" quando câmeras de visualização da rua captaram imagens de sua residência além da marca registrada como "propriedade privada". Reclamaram que a invasão causou sofrimento mental e conflitos de valores em sua casa. Requeriram vinte cinco mil dólares em danos e que as imagens fossem retiradas do site e destruídas
Ironicamente, o caso ficou ainda mais público e divulgado com a reclamação e agora a empresa Allegheny County's Office of Property Assessments inclui uma foto da casa em seu Web site.
As imagens foram retiradas do site, porém Google alegou que fotografar em estradas privadas é legalizado, argumentando que privacidade não existe mais nesta era de satélite e imagens aéreas.
www.thesmokinggun.com/archive/years/2008/0730081google1.html