Agora, quando você ouve falar de fósforo, o que você pensa imediatamente?
Para muitas pessoas, a imagem de um palito de fósforo é o que aparece inicialmente. E isso tem tudo a ver, pois ao acender um palito de fósforo, ele traz a luz, ele produz a luz. Mas será que é só por esse motivo que os palitos de fósforo (ou fósforos de segurança) têm esse nome?
A resposta é não. Esse nome é histórico e está relacionado a sua constituição (composição).
Os primeiros palitos de fósforos eram formados por um corpo, de madeira ou papelão e, uma cabeça, que era constituída basicamente por fósforo (elemento químico instável, quando atritado). Essa combinação de fósforo e madeira (ou papelão) era boa, pois facilmente, ao atritar um palito em uma superfície áspera, ele acendia, liberando luz e uma fonte rápida de fogo, que se propagava pela haste do palito.
Mas como todos nós sabemos, nem tudo são flores. Os palitos por ficarem juntos, em uma caixa fechada, atritavam entre si e se incendiavam. Isso era um grande problema. Então para a sociedade não ficar sem a fonte de fogo instantânea, foi desenvolvido um palito de fósforo similar, mas que não continha fósforo em sua composição e sim, clorato de potássio, composto químico que se incendeia com maior dificuldade que o fósforo, mas ao atritar-se com fósforo (agora contido na tarja escura presente em todas as caixas de fósforos) ou em algumas superfícies ásperas se incendeia, produzindo luz e energia suficiente para iniciar a combustão (queima) da haste de madeira ou papelão, que sustenta a chama acessa por alguns segundos.
Então, o fósforo está presente só na caixa de palitos de fósforos? Não. O elemento químico fósforo está muito mais difundido, pelo mundo, que só nos palitos. Ele está presente na composição de alguns acidulantes, conservantes alimentícios e fertilizantes (ácido fosfórico) e até mesmo na composição de nossos dentes e ossos (fosfato de cálcio).
* Miguel Araújo Medeiros, mestre em química pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), atua como consultor químico em problemas ambientais e cursa doutorado em química também pela UFMG. Na área de ensino de química, ele atua como palestrante e ministra cursos pelo Brasil.
Roberta Vilarino, nutricionista e licenciada em química. Atua como professora de ensino médio em escolas da rede pública estadual e privada, de Belo Horizonte.