O canto do sabiá
A beleza do encanto
Que só de observar

O que sinto é santo
Versa vida em leveza
Na melodia tão pura

O som de chama acesa
Lumiando minha parte escura
Alento não falta em seu labor

Inteiro na produção harmônica
Donde vem tal fervor
Inovando com essa obra canônica?

Humana...Mente...

Maestra força da insigne mente
Rege orquestras racionais, emocionais
Em timbres e tons os mais diferentes
...Ice-Berg indomável,
...Humanamente indecifrável

Perfeccionista, não suporta sabotagens
Um ato anódino, uma emoção esdrúxula
Põe-se a auto-recriminação, até por bobagens
Uma criação inédita, uma alegria absurda

Maestra e mestra da humanidade
Transfigura naturezas misteriosas
Expõe seu dom de iniqüidade e também de        [fraternidade
...emblema vital            ...embora suscetivelmente mortal

Guardião

Haziel, dourado anjo que por mim vela e zela
Entrego-te meu ser, todo ele
Com o que tem de bom e de ruim
É todo seu

Faça o que quiser
Administre-o como puder
Aproveite o que der
Pois não o posso mais conduzir

Não o faço sorrir
Não cumpri o que prometi
Não mereço, pois, nada pedir

Choro a vergonha do fraquejar
Lamento os males que não logro deixar
Sofro a chama da culpa a se espalhar
...e a dor por não acabar

Oportunidades

Puxa! Vejo fraquezas, sofrimentos
Vejo carências, lutos, lamentos
No meio de tantas obras roubadas
Empreitadas humanas inacabadas

Sinto falta de transformações
Profundas, sérias resoluções
Sinto falta de oportunidades
A tantas encarceiradas qualidades

Como pode sentir-se um ser humano
Que percebe em sua alma
Potencialidades

Mas depara-se com cominhos ínvios
Que lhes furtam quaisquer
Oportunidades?!

O Agora

O momento é um só
Passado, presente, futuro
Existem apenas
Em interações

Não se deve contar
O que não se garante
Nem inventar certezas distantes
A dúvida é inerente à vida

Como a imprevisão
É inerente ao ser
Qual o melhor ou pior

Caminho a seguir
Só a humildade
Pode levar ao saber