Se o próprio STJ não respeita os gastos públicos, como poderá ter autoridade para julgar as demandas correlatas da sociedade? Está havendo um contra-senso de quem deveria ter senso de responsabilidade pública. Lamentavelmente, é um mau exemplo que está permeado na cultura dos serviços públicos e a gente não se surpreende mais porque quem deveria observar a balança da Justiça é justamente o órgão que desfruta as mordomias sem nenhuma cerimônia com os demais mortais brasileiros. Estes, por sua vez, só servem para pagar a conta da corte privilegiada brasileira de senhores encastelados em confortáveis gabinetes e desfrutando de outras mordomias mais.
Por que os senhores membros dos tribunais brasileiros, muito bem pagos, não são "pessoas normais" para andar de táxi, de ônibus, a pé, de trem etc. como fazem os demais cidadãos trabalhadores durante as suas jornadas de trabalho? Então, um País cujos governos demonstram dificuldade para suplantar as desigualdades sociais, em que há arrojo salarial de toda a ordem e as pessoas desempregadas passam necessidade, não pode se dar ao luxo de ter um Judiciário gastador.
Cabe a nós, cidadãos, manifestar repúdio, cobrando das autoridades competentes (Parlamento Federal, TCU etc.) mudança de comportamento com essa farra de dinheiro público porque para atender às necessidades sociais sempre faltam recursos. E o site do STJ para protesto é: www.stj.gov.br (clicar, pela ordem, Superior Tribunal de Justiça - O Tribunal de Cidadania; b) Fale conosco; c) endereços eletrônicos.)
Julio César Cardoso
Bacharel em Direito e servidor federal aposentado