A culpa maior, evidente, é do sistema brutal, desumano dos americanos e seus aliados na Europa, que, para “salvar a civilização ocidental e cristã”, marcam suas ações com as guerras, entre as mais recentes, a invasão covarde do Vietnam, de onde sairam corridos e derrotados, porém, deixando milhares de mortos, inclusive, de seus soldados. A guerra da Coreia, outra onde também foram perdedores e ainda deixaram o país dividido. A guerras no Afeganistão e Iraque, povos impiedosamente aniquilados pelos soldados e as bombas ianques. O capitalismo, como filosofia, como pensamento, sobressaiu-se com o final do regime comunista, que culminou com a queda do muro de Berlim em 1991, se nos parecendo, que como sonhadores e idealistas, teríamos que desistir de nosso romantismo, pois tudo fazia para deixar patenteado que o regime econômico único, para o planeta, seria a sociedade capitalista.
O egoísmo americano tiranizou e violentou a liberdade de povos, com chamada Guerra Fria – a pretexto de conter o poder militar comunista – quase levando o mundo a uma guerra nuclear, pós-Hiroshima e Nagasaki, onde monstruosamente destruídas e onde deixaram cerca de 220 mil mortos.
O que estamos assistindo hoje, entretanto, é que as relações políticas, entre os países, são comandadas pelos interesses financeiros, ou, pior ainda, pelos movimentos especulativos, maximizando os lucros, inviabilizando, na ação, todas as regras e teorias de desenvolvimento, o que está levando ao fracasso o especulativo e incompetente sistema bancário no mundo.
Assistimos a uma instabilidade econômica e social sem limites e o mais grave é a demonstração de impotência dos governantes e dos Organismos internacionais, para controlarem o descalabro em que estão nos metendo, pois, a crise financeira mundial continua a se aprofundar.
Este ano, tal quais outros graves eventos, será registrado na história, como a explosão de uma das maiores crises económicas do sistema capitalista. Tudo parecia ser um acontecimento cíclico, como tantas outras, mas, com a falência do Banco Lehman Brothers, instalou-se o pânico nos mercados capitalistas do mundo inteiro.
Demonstrando a sua incapacidade, clara, evidente, o capitalismo está entrando, diariamente, em concordata, falência ou quebras encobertas de alguns dos maiores bancos dos Estados Unidos e Europa, suporte ainda, do imperialismo no mundo. As Bolsas vêm sofrendo quedas fantásticas, pois só no mês de outubro último, elas acusaram perdas globais de 6,2 trilhões de dolares, no valor das ações. Estão derretendo as ações das maiores empresas como General Motors e a Exxon, antes consideradas sólidas. Desgraçadamente esta é a situação da economia mundial.
Como declarou a economista MARIA DA CONCEIÇÃO TAVARES, "Entupiu o sistema circulatório do capitalismo. É preciso agir rápido, antes que ocorra a trombose”.
Vivemos pois, também, os efeitos da crise da economia capitalista que é uma realidade que hoje está no centro de todos os acontecimentos mundiais, cujo processo, que está apenas no começo e vai atingir, em maior ou menor medida, a todos os países. E, nos escombros do capitalismo, sem dúvida, as mais graves repercussões recairão sobre os trabalhadores e os pobres de todo o mundo.
(*) Advogado – Mestrando em Direito – Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.