Os fornos de microondas são aparelhos eletrônicos que produzem e utilizam a radiação, do tipo microondas, para aquecer e cozinhar alimentos.
Radiações são ondas eletromagnéticas que podem transportar energia e informação, elas podem ser ionizantes, que retiram elétrons da matéria, produzindo íons e radicais livres (raios-X, raios gama e radiação ultravioleta) ou não ionizantes (radiação de radio, TV e microondas). No interior de um forno de microondas há um dispositivo capaz de transformar a energia elétrica em radiação de microondas. Essas radiações ao serem produzidas, são refletidas nas paredes do forno até atingir o alimento, que as absorvem.
As microondas, por si só, não transferem calor de um corpo a outro, mas são capazes de promoverem a rotação de espécies polares (como é a molécula de água – H2O e sais dissolvidos em água). Esse processo de rotação provoca o atrito entre as espécies e a conseqüente produção de calor. Quanto maior a quantidade de microondas que passa pelo alimento, maior a temperatura do mesmo. Entretanto, há um limite para o aquecimento, que é a temperatura de ebulição (passagem do estado líquido para o vapor) da água (aproximadamente, 100°C). Sendo assim, nenhum alimento, em um forno de microondas, em condições normais, atinge temperaturas muito acima de 100°C.
É importante ter em mente, que em um forno de microondas não se devem colocar objetos metálicos, pois estes não absorvem a radiação microondas, mas simplesmente as refletem.
Outra observação importante é que um alimento exposto a radiação de microondas não se torna radioativo, ou seja, o alimento não libera radiação.
* Miguel Araújo Medeiros, mestre em química pela Universidade Federal de Minas Gerais, atua como consultor químico em problemas ambientais e é professor na Universidade Federal de Ouro Preto. Na área de ensino de química, ele atua como palestrante e ministra cursos por várias cidades brasileiras.