A revista embora tenha se orientado pelo pai-de-santo Jorginho de Ogum iniciou o imbróglio com preconceito e discriminação às religiões de matriz africana ao dizer "a campanha do alcaide macaense na tentativa de se reeleger ultrapassou as fronteiras do mundo real (sic), pois, ele agora aposta as fichas em compromissos com o sobrenatural (sic)". De acordo com a revista, o alcaide tem planos de erguer em Macaé um mega Ylê que, segundo sua tradução ocidentalizada, reacionária e colonialista é uma espécie de catedral (ocidental) mundial para o candomblé (oriental), com projeto estimado por assessores do alcaide macaense em R$-250 milhões.
Instigada pelo colonizado e ocidentalizado pai-de-santo Jorginho de Ogum, a revista prossegue cometendo deturpações típicas do colonialismo ocidental quando afirmou "A idéia é reunir em um templo (ocidental) todos os orixás (oriental) para estimular a devoção (ocidental), criando condições para que a cidade supere em termos de fama, o Ylê fundado pela legendária mãe-de-santo baiana Menininha do Gantois". Não pararam aí as deturpações da revista como, por exemplo, confundir as práticas religiosas do pai do alcaide e de um ex-vereador também macaense, ambos umbandistas e não candomblecistas os quais, 2º a revista, seriam conselheiros espirituais do alcaide que é católico.
Igualmente querendo causar uma guerra religiosa, o semanário não se fez de rogado: Seu principal colunista apesar de saber que o alcaide macaense é católico publicou uma montagem fotográfica dele na qual, aparece sentado e trajando indumentária completa típica das religiões de matriz africana. No caso deste periódico, seu propósito é claramente capitalista. Isto é, diferentemente de outras prefeitura das quais ganha publicidade paga, em relação ao Executivo Macaense sua política editorial é crítica. Afinal, a prefeitura da Capital do Petróleo passou a privilegiar seus milionários gastos publicitários em um diário da imprensa regional que é sediado em Campos dos Goytacazes.
*jornalista – é militante da corrente intra PT, Esquerda Marxista.