Em verdade, trata-se da banalização da política no Brasil. Além de fraudes, corrupção etc, temos que lidar com os interesses próprios em detrimento do coletivo. Temos que conviver com aqueles que querem eleger o filho e aí dizem: "eu sou o pimpolho, votem no meu filho, o "pimpolhinho". Sem contar os candidatos com os nomes mais bizarros, associados a comércios como postos, padaria etc. Vergonhosamente, essas práticas do século passado sobreviveram aos vinte anos de ditadura. Com a volta da democracia, voltou também o mais baixo nível de se fazer política, com o voto de cabresto, a troca de favores e o nepotismo.
Somada a corrupção, a própria filosofia dos políticos é responsável pelo retrocesso do país que vive numa falsa democracia. Os políticos "profissionais" passam a vida se reelegendo e eternizando o mandato através de filhos e netos. A maioria deles se camuflam através de Centros Sociais, amarrando o seu eleitorado. Em muitos casos até impedem a presença do Poder Público nos locais mais carentes para não abalar o "seu negócio".
Em pleno século XXI é inacreditável que ainda temos que conviver com essa realidade.
* Advogado Criminalista
www.espinolaadvogados.com.br