Por Coronel Gélio Augusto Barbosa Fregapani, 14 de setembro de 2008
"Árdua
é a missão de defender e desenvolver a Amazônia. Muito mais árdua,
porém, foi a de nossos antepassados em conquistá-la e mantê-la".
(General Rodrigo Otávio)
- Apenas o relator não sabe?
A questão indígena realmente ameaça a unidade nacional porque várias tribos se consideravam emancipadas e independentes em relação ao Brasil, antes mesmo da entrada em vigor da Declaração Universal dos Direitos dos Povos Indígenas, que lhes concede autonomia política e administrativa. A maioria dos índios quer ser brasileira. Em Roraima só os manipulados pelo CIR não o querem.
- O objetivo seria a tomada pacífica em três fases:• criação do sentimento de nações distintas com terras homologadas;
• colocação em nossa constituição que tratados internacionais teriam força constitucional;
• assinatura pelo Brasil da declaração dos direitos dos povos indígenas, da ONU, que os autoriza a escolher uma nação própria e diferenciada;
• declaração de independência com o apoio estrangeiro.
Assim o nosso País não teria nem condições jurídicas de reagir.
- Mas o Brasil reage
A Declaração dos Direitos dos Povos Indígenas, inadvertidamente assinada pelo Itamarati, não será aceita no Congresso. A Marcha dos produtores rurais até Pacaraima marcou a posição deles. A reação toma vulto nacional. Nosso País está reagindo. Sabíamos que uma vez alertado reagiria. Os traidores e os inocentes úteis estão ficando encurralados, mas a ambição estrangeira não desistiu. Parece que o estrangeiro está compreendendo que não bastarão as forças mercenárias (Blackwaters?) para garantir a independência.
- Quem quer a guerra?
Mais que indícios, evidências:
- A Holanda treina tropas na Amazônia
Pela primeira vez, nesses dois últimos tempos, tropas Holandesas treinam para Guerra na Selva no Suriname, após um acordo entre os governos do Suriname e Holanda, próximo à fronteira com o Brasil e sob protestos da população e da mídia local que sempre apresentaram franco antagonismo ao seu ex-colonizador. Porque essa nação européia estaria treinando seus militares para guerra na Amazônia, sabendo-se que são os militares brasileiros que ministram esse curso desde longa data a oficiais do Suriname aqui no Brasil?
- Tropas britânicas também passam a treinar para guerra na selva na Guiana Inglesa, fazendo incursões noturnas próximas a vilarejos brasileiros na fronteira.
- A França inaugura no quartel da Legião Estrangeira, um curso de guerra na selva na Guiana Francesa, e envia regularmente suas tropas para lá, além de receberem também algumas do Suriname.
- Há noticias de que aumentam em cinco vezes o número de ONGs internacionais no Estado de Roraima, fronteiriço à Guiana. São ONGs da França, dos EUA, Inglaterra, Canadá e Holanda.
- Nos EUA é reativada a IV Frota e no Comando Sul (na Flórida) teria sido ativado o 6º Exército.
- Os EUA propõem às Guianas, a adoção de um modelo padrão de caminhões militares dos EUA, desenvolvidos para o transporte em condições amazônicas, e envia lotes dos veículos às Guianas Holandesa e Francesa, para os testarem e desenvolverem em conjunto o aperfeiçoamento do projeto. Os números projetados para o envio desses veículos à esses países, são muito superiores às necessidades militares dos mesmos. (Jane's Military Magazine, 11/2007).
Para que? Seria apenas uma jogada comercial ou poderia também significar algum ensaio PE padronização logística? Considero certo que o ensaio de conquista pacífica via independência de nações indígenas está fazendo água. Talvez devamos preparar agora a dissuasão de aventuras militares. Aguardamos com expectativa o plano de defesa dos ministros Mangabeira e Jobim. Quanto a declaração de que, não podendo estar presente em todos os locais, poderemos suprir a deficiência com mobilidade aérea, lembro que, com supremacia aérea inimiga não há mobilidade aérea possível.
Uma vez já ecoou o grito: “INDEPENDÊNCIA OU MORTE!”
Fizemos ontem. Faremos novamente sempre que for preciso.
Coronel de Engenharia Hiram Reis e Silva
Professor do Colégio Militar de Porto Alegre (CMPA)
Membro da Academia de História Militar Terrestre do Brasil (AHIMTB)
Presidente da Sociedade de Amigos da Amazônia Brasileira (SAMBRAS)