- Por falar em royalties, é estranha a postura de políticos e da mídia criticando Lula por querer proteger as promissoras reservas petrolíferas do pré-sal, pensando investir seus recursos em educação e saúde. Preferem ficar ao lado de multinacionais, acionistas e especuladores, em nome da falácia do mercado livre.
- No período 2001-2004 o município teve expressivos excessos de arrecadação. Em 2004, por exemplo, quem quiser saber, é só pegar arquivo de O Debate e ver que em vários meses houve alocações de verba em razão de arrecadação de 30 e 50 milhões de reais além da previsão orçamentária.
- Observador arguto e crítico do cotidiano, de vez em quando o saudoso
Fernando Frota fazia umas análises filosóficas interessantes. Uma das
últimas dizia que “o homem é o que é por último”. Com essas idas e
vindas de Fred Kohler aos braços de Sylvio, certamente Frota, tomando
um cafezinho no Zé Mengão, estaria dando suas risadas e ainda lembrando
Valadares, a velha raposa mineira: a maioria dos políticos é como
nuvem, muda de lugar e forma a todo instante.
- Olhando hoje o Lagomar e comparando-o com a Lagoa da Coca-cola, em
Rio das Ostras, cuidada, preservada e bela, transformada em ponto de
atração turística, dá para fazer ecologista sentar e chorar. A bela
restinga, que seria um balneário com terrenos de 5.000 m2, à entrada do
Parque Nacional de Jurubatiba, transformou-se num sério problema social
e ambiental com as sucessivas invasões, por negligência do então
prefeito Sylvio, como ficou expresso em Termo de Ajustamento de Conduta
(TAC) assinado junto à Procuradoria do Ministério Público Federal. Não
cumpriu as recomendações assumidas e, de apenas 26 famílias ali
existentes em 1996, hoje são mais de 30 mil pessoas que se instalaram
sem nenhuma infra-estrutura, obrigando o prefeito Riverton investir
mais de 250 milhões em rede de esgoto, calçamento e iluminação.
Armando Barreto em foto de Armando Rozário