Ao replicar correio eletrônico do supracitado missivista enviado ao jornal “O Rebate on line” sobre texto que redigi sob o título “Hegemonia da Beija Flor expõe mazelas do privatizado Carnaval carioca”, esclareço: Este texto foi editado logo após o Carnaval 2008, porém somente agora dele tomo conhecimento através do jornal, apesar de meu endereço eletrônico ter estado à disposição, conforme sempre procedi. Preliminarmente, a forma grosseira em classificar como “palhaçada” o texto que redigi, além de tratar-me como “esse senhor” revelou a falta de educação do missivista. Com esta réplica espero deixar claro de quem é a “palhaçada”, isto é, a covardia (falta de dignidade, de ética) uma vez que ele enviou correio eletrônico apenas ao jornal. Ao contrário dos serviçais jornalistas da Liga Independente das Escolas de Samba do RJ (LIESA) que nunca responderam aos textos que lhes enviei, o missivista classifica o texto que redigi como “horrível”, “mentiroso” e “sem escrúpulo algum”. Entretanto, ele não apresenta razões para tais afirmações. Apenas busca “provocar” porque sou assumido torcedor – independentemente de ser jornalista - da Portela que é a agremiação com mais títulos conquistados (21) no Carnaval carioca. Inconformado com isso e agravado pelo fato do texto que redigi ser claro ao explicar que a agremiação pela qual o missivista é torcedor ser hegemônica graças à privatização do Carnaval, ele se revela desinformado, fanático e equivocado torcedor da Beija Flor.

Por exemplo, ao afirmar que através de Natal e do também patrono e falecido contraventor Osmar Valença, durante muito tempo respectivamente Portela e Salgueiro ficaram dividindo títulos. Isto não é verdade.  Fundado em 1953, o Salgueiro conquistou seu primeiro título em 1960 junto com Portela, Mangueira, Império Serrano e Unidos da Capela. Nos demais sete títulos conquistados pelo Salgueiro, não foi só a Portela que foi campeã em anos anteriores e posteriores aos do Salgueiro. Ex: O 3º título do Salgueiro foi em 1969. Embora, em 1970 a campeã tenha sido a Portela. Em 1968 a campeã foi a Mangueira. Já nos demais quatro títulos do Salgueiro (1971, 1974, 1975 e 1993) não foi a Portela que foi campeã nos anos posteriores, nem anteriores.

A agressão de que o texto que redigi é “choro brabo, de quem está muitos anos só na saudade e que hoje não cheira e não fede. Não faz mais medo em nenhuma co-irmã” revela a prepotência de um fanático e por isto desinformado torcedor da Beija Flor (uma das afilhadas da Portela). Quanto à afirmação de que das quatro grandes agremiações (Império Serrano, Portela e Salgueiro seriam as outras três), a Mangueira é a única que ainda realiza desfiles grandiosos sem nunca ter sido comandada por contraventor do jogo de bicho. Não cabe mais comentário algum. Haja vista, o noticiário policial a partir de 2007, dando conta da ligação da agremiação com o crime organizado (flagrado no casamento de um famoso traficante o então presidente foi obrigado a renunciar).

Por fim, o missivista na pretensão de ser irônico torcedor bi-campeão da Beija Flor mostra “analfabetismo” pois não conjuga o verbo lutar corretamente quando afirma “Façam (vocês da Portela) Carnaval de 1ª que com certeza vocês lutaram (sic) pelo título. Se não vai ficar anos e anos na sombra do boi e contando histórias do tempo da vovó”.

Macaé (RJ), 09 de agosto de 2.008. Almir da Silva Lima (Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.) jornalista e torcedor da Portela.