Ainda de acordo com Elias outra proposta aprovada no 1º seminário foi a formação de uma empresa pública de transporte coletivos (ônibus), tendo como finalidade o combate ao monopólio privado imposto por empresas que hoje prestam este serviço que é concedido pelo Poder Público. “Transporte não tem que dar lucro excedente (sic)”; enfatizou. Para a FMS, os “fóruns” (seminários) reforçam a participação coletiva nas candidaturas, tanto que após os debates realizados no 1º seminário também foi consolidada a criação de corredores para bicicletas em diversas áreas da cidade, buscando desafogar o trânsito. “As Vans também foram debatidas no 1º seminário. Elas devem ser legalizadas, porém postas a serviço da prefeitura, atendendo à lógica coletiva”; ressaltou.
Por fim, o candidato a prefeito Alexandre Elias anunciou os dois últimos eventos realizados no comitê de campanha da FMS que se localiza à rua Teixeira de Gouveia nº 1766 casa 02 no bairro Cajueiros, situado na zona centro-sul da cidade: Dia 02 de agosto (sábado) a partir das 16 horas realizou-se o 2º seminário cujo tema foi Educação. Já no dia 03 (domingo) foi realizado curso sobre o que foi intitulado como “marxismo”. Pelo visto, tal curso teve muito pouco a ver com os ensinamentos do genial filósofo alemão Karl Marx (1818-1883).
Bases dos petroleiros no NF impõem novas derrotas à oposição sindical autoproclamada FNP!
Derrotada sem surpresa (só ela acreditou em vitória) na eleição no Sindipetro-NF em maio passado, a autoproclamada Frente Nacional dos Petroleiros (FNP) amargou duas derrotas nos últimos eventos realizados pela categoria no Norte Fluminense. Novamente sem surpresas, a FNP praticamente não elegeu delegado entre os que participaram de dois Congressos. 1º do Congrenf 2008, de 24 a 26 de julho, na sede do Sindipetro-NF, em Macaé. 2º do XIV Confup, de 01 a 03 de agosto, em Aracruz (ES). Surpresa mesmo tem sido os militantes da FNP considerarem “bons” tais resultados políticos e eleitorais. Tanto que prosseguem no equivocado divisionismo sindical ao pregar as desfiliações do Sindipetro-NF da FUP e também da CUT.Para tal divisionismo a FNP adotou como estratégia, atacar e tentar sistematicamente destruir a FUP e a CUT. Isso, porém, nas bases dos petroleiros no NF só recentemente passou a ser hegemônico entre a oposição sindical que era praticada pela Organização de Luta e Energia Operária (Óleo). Haja vista, às vésperas da eleição para diretoria colegiada do Sindipetro-NF, a Óleo se dissolveu. Tudo, por oportunismo de sua coordenação ao se equivocar, pensando ter-se credenciado como oposição sindical “unificada” que enfim venceria a eleição no Sindipetro-NF. No entanto, surpreendente mesmo foi o grande aumento da diferença no resultado da eleição em maio passado: A fragorosa derrota foi um duro golpe nas pretensões da FNP.
A categoria dos petroleiros no NF não pode se iludir com os discursos de “defesa” da FUP e da CUT utilizados pela diretoria colegiada de seu sindicato. Ao contrário deve se manter vigilante. Essa retórica de “unidade sindical nacional” é para esconder o atrelamento das entidades dos trabalhadores ao apelidado governo de coalizão do presidente Lula que significa servir muito mais à burguesia que aos trabalhadores. Exemplo: A “legalização” das centrais nada mais é do que atrelá-las ao ministério do Trabalho, pois, as centrais não têm direito à negociação nem de assinar acordo-coletivo. Já o atrelamento ao governo federal via-imposto-sindical, sua devolução que é praticada por sindicatos cutistas como o Sindipetro-NF, se trata apenas de um “despiste” compensatório.
Na atual conjuntura a verdadeira luta pela unidade da classe trabalhadora (inclusive, se necessário for para mudar a direção de um sindicato, de uma federação ou de uma central sindical) tem necessariamente dois lados. Em um, o combate deve ser travado contra o já mencionado divisionismo sindical praticado pela FNP no caso específico da categoria dos petroleiros e também contra a Conlutas, em termos nacionais. No outro lado, o combate deve ser contra a prática sindical pelega de não respeitar a independência da classe trabalhadora frente aos seus exploradores e opressores, quaisquer que sejam (a burguesia e as empresas, as apelidadas organizações não-governamentais ou os governos nos níveis municipal, estadual ou federal).
A propósito, pelo fato de governar muito mais para a burguesia do que para os trabalhadores, o apelidado governo de coalizão do presidente Lula busca a destruição da CUT. Para tanto, o presidente Lula tem contado com a ajuda dos sectários “esquerdistas” da Conlutas ao pregarem e organizarem desfiliações de sindicatos cutistas. Por fim, no NF a categoria dos petroleiros precisa reorganizar em suas bases uma oposição sindical cutista coerente com o princípio da independência de classe.
*jornalista – é militante corrente interna cutista Esquerda Marxista tendência trotskysta da IV Internacional.