È díficil estabelecer um momento de reflexão, lazer ou descanso, ou apenas espairar o pensamento. Atualmente eu moro um pouco longe da selva de pedra da capital paulistana (onde nasci), mas como passei quase 22 anos de minha vida lá, guardo coisas boas (uma cidade cosmopolita pra mim é tudo), como frustrações, anseios e queranças.
Essa poesia foi escrita em 2004, tempo de cursinho vestibular, correria do emprego, ajudar em casa com o orçamento, e tudo mais, que uma "jovem" de 18 anos pode passar na vida.
Bom, a correria do dia-dia urbano foi deixada de lado pela correria da vida de mãe, que contarei com poesias e bom-papo em outro momento oportuno.
ALÍVIO
(Camila Mendes Pinheiro)Um pouco de ar pra eu poder respirar
Um alívio inconstante dessa rotina
Um pouco deespaço pra eu correr, voar
Talvez viajar, pra outro lugar
Eu não quero voltar
Quero crescer constantemente
Olhar pra essa gente
E ver a vida melhorar
Eu quero amar inconsequentemente
Mas se eu nã o usar a mente
Posso me magoar
Uma cama macia pra eu me aconchegar
Meu corpo repousar sobre os lençóis
Um pouco de tempo pra eu parar pra pensar
Refletir a vida, refletir sobre nós
Eu não quero voltar
Quero crescer constantemente
Olhar pra essa gente
E ver a vida melhorar
Eu quero amar inconsequentemente
Mas se eu nã o usar a mente
Posso me magoar
Não há restos, não há vestígios
Não há sortilégios, não há presságios
È a vida, roda-viva, que gira predominante
E num relance
Tudo pode acabar